Os recursos hoje repassados para as universidades são suficientes para atender a demanda das federais,  afirma  o  Ministério da Educação. Elas reivindicam recursos extras para programas de tutoria voltada aos cotistas.

A pasta, no entanto, prevê um aumento da verba em 2015, com a criação de um programa nacional de tutoria, além de incremento do Pnaes (Plano Nacional de Assistência Estudantil), como vem ocorrendo nos últimos anos.

“Uma boa gestão permite que a universidade dê conta das demandas que tem, se considerado o orçamento como um todo”, disse à Folha o secretário Paulo Speller (Educação Superior).

Ele argumenta que hoje o estudante universitário recebe uma assistência maior do que no passado, para despesas do cotidiano ou pesquisa, por exemplo. “Os estudantes nunca tiveram um apoio como têm hoje, surgido sobretudo depois do governo Lula.”

Speller afirma também que o Ministério da Educação lançará, no próximo ano, um programa de apoio acadêmico voltado para todos os estudantes com dificuldades em disciplinas da graduação.

Questionado sobre o motivo da demora para o lançamento do programa, anunciado há dois anos, o secretário afirma que a ideia passou por debate com a academia.

“Houve uma grande discussão [com as universidades], e ainda hoje há, sobre o perfil que o programa deve ter.”

A iniciativa deve ser liderada por um professor da área, acompanhado por estudantes veteranos do curso. Ainda não há uma definição da verba que será dedicada para o programa

Folha de S. Paulo