A Associação dos Professores da UFPE (Adufepe) sedia, às 14h desta quarta-feira (22), o lançamento do livro “A instituição imaginária educacional e catedrática e a primeira greve docente (1951) da UFPE”. A obra, de autoria do professor do Departamento de Administração Escolar e Planejamento Educacional da Universidade Evson Malaquias de Moraes Santos retrata a primeira – e possivelmente única – greve realizada por catedráticos no País.

“O livro trata sobre a greve dos catedráticos da Faculdade de Filosofia da Universidade do Recife (atual UFPE). É uma greve histórica, já que os catedráticos não faziam greve”, revela o professor Malaquias. “A reivindicação principal é um direito de as Faculdades de Filosofia serem as únicas instituições a emitir os diplomas de mestre, professores, pois existia um processo no Congresso Nacional no qual outras instituições também poderiam fornecer esses diplomas”, explica.

Segundo o professor, o movimento grevista ocorrido em 1951 teve início no Rio de Janeiro, entre estudantes de Filosofia, e se espalhou pelo País. No Recife, teve a adesão dos estudantes de filosofia locais, bem como dos catedráticos. O período marcava o momento da redemocratização brasileira pós-Estado Novo, marcado por forte mobilização estudantil e greves trabalhistas. “O que é inédito aqui é que é a primeira vez que um catedrático faz greve, que era coisa de trabalhador braçal e não de catedrático”, afirma o professor.

O lançamento do livro “A instituição imaginária educacional e catedrática e a primeira greve docente (1951) da UFPE” vai ser realizado no auditório Paulo Rosas, da Adufepe, localizada na Cidade Universitária. A obra, uma publicação da Editora Universitária da UFPE, teve ainda contribuição dos alunos da graduação de Pedagogia Mariana Monteiro, Shenia Santos de França e Clodoaldo Marques e do aluno de mestrado em Educação Edelson de Albuquerque Silva Júnior.

Ascom UFPE