Ministro de Ciência, Inovação e Tecnologia faz palestra de abertura do Salão UFRGS

Clélio Diniz destacou papéis do Estado e da iniciativa privada no financiamento da ciência

Nesta semana, a UFRGS deu início a uma série de atividades destinadas à promoção do Ensino, da Pesquisa e da Extensão universitárias. O Salão UFRGS 2014, que reúne 12 eventos simultâneos, apresenta diversas oportunidades de aprendizado, de troca de experiências e de diálogo com a comunidade. A programação, que acontece no Campus do Vale e se estende até sexta-feira, pode ser acessada em www.ufrgs.br/salaoufrgs.

A solenidade de abertura ocorreu na tarde desta segunda-feira, 20, conduzida pelo reitor Carlos Alexandre Netto e pelo vice-reitor Rui Vicente Oppermann. O encontro, que aconteceu no auditório do Instituto de Informática, contou com a presença do ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Diniz, e do secretário de estado de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov.

Ao cumprimentar os presentes, Netto destacou a diversidade da programação do Salão UFRGS e convidou a comunidade a participar das atividades, que, pela primeira vez, ocorrem inteiramente no Campus do Vale. Já Oppermann salientou a integração do quadro técnico-científico da Universidade ao evento, por meio do I Salão da Escola de Desenvolvimento de Servidores – espaço destinado à interação de saberes e à apresentação de experiências de atuação na instituição.

O encontro prosseguiu com a palestra do ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Diniz. Doutor em Ciências Econômicas e docente aposentado da UFMG – onde também foi reitor –, Diniz abordou o papel da inovação científica no desenvolvimento econômico, criticou a falta de investimento das empresas brasileiras em pesquisas e incentivou a adoção de um modelo colaborativo entre Estado e iniciativa privada para impulsionar a ciência no país.

“Devemos seguir o exemplo de outras nações, que se mostraram extremamente positivos – como é o caso da Alemanha – em relação ao investimento em pesquisa. A indústria deve colaborar com o financiamento da ciência. Não podemos esperar que apenas o governo o faça”, salientou.

Plataformas do conhecimento

Para empenhar academia e empresas na construção de parcerias, foi lançado o Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento, em julho deste ano. As plataformas, explicou o ministro, são arranjos público-privados que articulam competências com base em uma infraestrutura de ciência, tecnologia e inovação de última geração. Envolvem lideranças científicas e organizacionais, de modo a conjugar esforços para impulsionar áreas-chave para o desenvolvimento do país, como agricultura, saúde, energia, meio ambiente, aeronáutica, manufatura avançada, tecnologias de informação e comunicação, entre outras.

A estimativa é de que sejam investidos R$ 20 bilhões para a ampliação gradual das políticas de desenvolvimento em educação e ciência & tecnologia em até 20 plataformas de conhecimento, nos próximos 10 anos. A proposta prevê aumentar a verba para pesquisa e desenvolvimento de 1% do PIB para 2%, até 2020, a fim de reduzir a distância de países como China, Coreia e Estados Unidos.

Embora ainda careça de mais recursos, a área conquistou avanços importantes na última década, segundo Diniz: o número de registro de patentes subiu de 17 mil para 30 mil; a oferta de cursos de graduação aumentou de 1,4 mil para 3,3 mil e o número de doutores formados no país cresceu de 5 mil por ano para 14 mil por ano, no mesmo período. “A meta é que consigamos formar 25 mil doutores por ano até 2020”, comentou.

Ascom UFRGS

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