Laboratório da UNIFAL-MG implementa sistema para aproveitamento de água


Iniciativa possibilita a economia de aproximadamente 300 litros por semana

Uma iniciativa dos funcionários do Laboratório de Microbiologia e Alimentos da UNIFAL-MG tem possibilitado o aproveitamento de aproximadamente 300 litros de água por semana. Todo volume descartado pelo destilador da unidade tem sido utilizado para outras finalidades.

A ideia do armazenamento surgiu há cerca de dois anos, quando a colaboradora Maria Vita dos Reis, que trabalha há oito anos no laboratório, observando a quantidade de água que era desperdiçada após a destilação, decidiu estocar baldes para aproveitar na limpeza do chão do laboratório. No ano passado, quando o país começou a se mobilizar para a economia no consumo de água, a ação foi abraçada com seriedade pelos técnicos, alunos e professores que utilizam o laboratório. “A gente começou a ver que o nosso desperdício aqui era muito grande e que a gente podia fazer a nossa parte dentro da UNIFAL-MG”, comenta a servidora Patrícia Lunardelli Negreiros de Carvalho, técnica do laboratório.

Segundo Patrícia, o equipamento utilizado para fornecer água destilada no preparo de reagentes e meios de cultura chega a descartar em média oito litros de água tratada para cada litro destilado. Conforme explicado pela técnica, após passar pelo processo de destilação, a água que o equipamento rejeitava era descartada no ralo da pia.

Percebendo a possibilidade de aproveitar essa água, o laboratório adaptou uma mangueira ao cano, que serviu para destiná-la aos galões, onde o volume fica temporariamente armazenado. “Essa água estocada serve para lavar e enxaguar as vidrarias, encher equipamentos como banho-maria e autoclaves, deixar pano de molho e também para lavar o chão do laboratório. Estamos dando destino para cada mililitro gerado”, afirma Patrícia.

Os galões usados no laboratório foram cedidos por uma indústria e uma farmácia de manipulação de Três Pontas-MG, e chegam a armazenar até 140 litros. “Quando a gente começa a armazenar a gente vê o volume de água que pode ser economizado”, destaca.

De acordo com a técnica, a ação exige atenção para o armazenamento, bem como para o manuseio dos galões. “É preciso ficar atento para o momento em que o destilador descarta a água pela mangueira”, alerta a técnica, ressaltando: “A água sai quente, em torno de 70 graus, então é preciso tomar cuidado também para não se queimar. Além disso, há o inconveniente do calor que gera no espaço, porque o vasilhame dentro do laboratório mantém a temperatura no ambiente”.

Outra orientação de Patrícia, diz respeito aos cuidados na reutilização da embalagem para armazenar a água. “Não se pode usar qualquer embalagem, no nosso caso, reutilizamos galão de álcool etílico, mas também podem ser reutilizados galões de água sanitária. A restrição é em relação aos produtos químicos que podem contaminar a água, pois dependendo do reagente, o uso para determinadas finalidades pode ficar comprometido”, observa.

Como dica para outros laboratórios também armazenarem, Patrícia indica: “Podem começar armazenando em um galão de 50 litros e conforme a necessidade, vão aumentando os reservatórios. Acho que a conscientização virá a partir do primeiro passo”.

O sucesso da iniciativa chamou a atenção da Comissão de Sustentabilidade Campus Verde, que pretende estender a ação para outros laboratórios da Universidade, com a ajuda das empresas juniores.
“A Comissão de Sustentabilidade junto a Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento Institucional, estuda alternativas definitivas para o aproveitamento de água dos destiladores”, informa a servidora Cristiane Moreira Mendes, integrante da Comissão. Segundo Cristiane, caso outro laboratório tenha interesse em implementar o mecanismo desenvolvido pelo Laboratório de Microbiologia e Alimentos, poderá solicitar ao diretor da unidade, para que o mesmo informe a demanda à Proplan.

Ascom UNIFAL-MG