Andifes discute conjuntura política e econômica com colégios e fóruns assessores e entidades da comunidade acadêmica

Na manhã dessa terça-feira (26), a Associação Nacional das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) realizou reunião remota para tratar sobre as pautas da educação para o ano de 2021.

Na primeira parte da reunião, estiveram reunidos com a Andifes os coordenadores dos colégios e fóruns assessores da associação. Eles apresentaram as agendas e pautas para ano e reafirmaram o compromisso com o trabalho coletivo internamente e a parceria entre os colegiados.

Na segunda parte do encontro, a Andifes recebeu entidades representativas dos segmentos da comunidade universitária, oportunidade em que debateram a conjuntura política e econômica atual e as prioridades de atuação para os próximos meses.

De acordo com o vice-presidente da Andifes, reitor Marcus David (UFJF), o objetivo desse primeiro encontro de 2021 foi conhecer a pauta dos colegiados e das entidades que defendem a educação pública, gratuita, inclusiva e de qualidade. “Hoje estamos conhecendo as prioridades de cada entidade para esse ano. Iremos realizar novos encontros para traçarmos estratégias de atuação em pautas comuns, respeitando as especificidades e os diferentes papeis de cada uma”, afirmou.

Para o presidente da Andifes, reitor Edward Madureira (UFG), o momento exige de todas as entidades que haja uma atuação articulada, num esforço conjunto pela valorização da educação. “A redução no orçamento para esse ano é grave e pode levar à inviabilização da atuação das universidades. Essa é uma pauta que merece nossa total prioridade e atuação para que possamos mudar essa perspectiva”, destacou.

Ciência e Tecnologia
As entidades também defendem que os vetos na Lei Complementar nº 177 sejam derrubados pelo Congresso Nacional. O texto previa a liberação total dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Na avaliação dos participantes da reunião, esses vetos comprometem os investimentos nacionais em pesquisas, especialmente neste momento de pandemia, em que a atuação da ciência tem sido fundamental para a superação dos desafios relacionados ao novo Coronavírus.

Fundeb
Uma pauta comemorada foi o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), sancionado em dezembro. Com as mudanças, o fundo se tornou política permanente para financiar a educação infantil e os ensinos fundamental e médio nas redes públicas. A nova regra aumentou a participação da União no financiamento da educação básica. A participação federal, que era de 10%, passou para 12% esse ano e vai subir gradualmente até alcançar 23%, em 2026.

Representatividade
Participaram da reunião os reitores Joana Angélica Guimarães (UFSB), Luís Eduardo Bovolato (UFT), Paulo Burmann (UFSM), o secretário executivo da Andifes Gustavo Balduino, os coordenadores de colégios e fóruns Rose Pinheiro (Cogecom), Luciano Gonda (CGTIC), Maria do Socorro de Lima Oliveira (Cograd), Charles Morphy Dias dos Santos (Copropi), Waldenor Barros Moraes Filho (Cgrifes), Diego Delfiol (Fordhov), Maisa Miralva da Silva (Fonaprace), Elias Costa Martins (FONDCF), Mirian Dantas dos Santos (Forgepe) e Franklin Matos Silva Júnior (Forplad) e os convidados Francisco Wellington (Proifes Federação) Iago Montalvão (UNE), José Maria Castro (Fasubra), Marcelino Rodrigues (Fasubra), Márcia Abreu (Fasubra), Maria Regina de Ávila (Andes-SN), Nilton Brandão (Proifes Federação) e Rivânia Moura (Andes-SN).