Andifes e CNE estabelecem agenda comum para tratar pautas da educação pública

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) esteve em reunião com o Conselho Nacional de Educação (CNE), na manhã dessa terça-feira (6), para estabelecer uma agenda permanente. A primeira reunião identificou as pautas comuns às duas instituições, como a formação de professores e retomada da rotina no ensino pós-pandemia.

De acordo com o presidente da Andifes, Edward Madureira (UFG), a reunião foi um marco para estreitar a relação já existente com o CNE. Ainda segundo o reitor, a primeira pauta a ser trabalhada é a formação de professores, tema que levou vários conselheiros a se manifestarem. “Há uma preocupação nítida e muito legítima em relação a essa questão, e o objetivo é trabalhar juntos nessa e em outras importantes pautas para a Educação. Nesse sentido, foi proposta a realização de um seminário para debatermos e buscarmos soluções adequadas para fomentar a licenciatura e a qualificação de novos docentes, passando pela revisão de currículos e metodologias de ensino e de aprendizagem”, detalhou Edward.

O vice-presidente da Andifes, reitor Marcus Davi (UFJF), contou que a reunião foi uma iniciativa a partir de conversa com o professor Joaquim Soares Neto, presidente da Câmara de Educação Superior do CNE, quando foi manifestada a intenção de manter um contato próximo entre as duas instituições. “Manter o diálogo constante é importante para podermos debater políticas importantes para a educação públicas e para as universidades federais”, afirmou.

No que diz respeito à regulamentação da Lei 14.040/20, que estabelece normas educacionais excepcionais a serem adotadas durante a pandemia, a diretoria da Andifes manifestou preocupação com a inclusão e com as adequações necessárias ao currículo escolar, desde a educação básica à educação superior, de forma a não haver prejuízos para os estudantes. O conselheiro Luiz Roberto Curi explicou a proposta do CNE para haja a adequação curricular do ano letivo de 2020 e do ano letivo de 2021, de forma a garantir o cumprimento contínuo dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento previstos. A regra irá abranger a educação pública e privada.

A presidente eleita do CNE Maria Helena propôs à Andifes a indicação de representantes na composição de comissões temáticas e grupos de trabalho constituídos no âmbito do Conselho com a finalidade de ampliar o debate e buscar resoluções para as pautas prioritárias da Educação pública brasileira.

Participaram da reunião o então presidente do CNE, Robson Maia Lins, os reitores Luís Eduardo Bovolato (UFT), Joana Angélica Guimarães (UFSB), Paulo Afonso Burmann (UFSM), o secretário executivo Gustavo Balduino, e a coordenadora do Colégio de Pró-reitores de Graduação das IFES (COGRAD), Isabel Quadros.