Apesar da greve, HUB mantém atendimento

Após paralisar os serviços do Restaurante Universitário, da Prefeitura do Câmpus, do almoxarifado central e da garagem, o movimento grevista dos servidores da Universidade de Brasília (UnB) chegou ao Hospital Universitário. O comando da greve decidiu ontem que os técnicos -administrativos da unidade de saúde também cruzarão os braços até que o governo federal se manifeste a respeito das reivindicações pleiteadas. A direção da instituição garante que o atendimento não será afetado. Durante reunião entre representantes do hospital e do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação da UnB (Sintfub), ficou acordado que apenas 30% dos 732 técnicos continuarão a trabalhar.

O coordenador-geral do Sintfub, Mauro Mendes, explicou que a paralisação faz parte do movimento nacional organizado pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidade Brasileiras (Fasubra). Os grevistas cobram do Executivo um piso salarial de três salários mínimos, a realização de concurso público para substituir os trabalhadores terceirizados e reajuste de 5% na gratificação recebida pela categoria.

Segundo Mendes, o último acordo com o governo venceu em julho do ano passado e, desde então, ocorreram quatro rodadas de negociação, todas sem sucesso. A paralisação deve continuar pelo menos até a próxima terça-feira, quando os servidores farão uma assembleia na Praça Chico Mendes, no câmpus Darcy Ribeiro, às 9h30. Na ocasião, serão discutidos os rumos do movimento no DF e nos outros estados. Até agora, 24 das 46 universidades públicas do país pararam parcialmente as atividades.

“Esperamos que o governo reabra as discussões e, de fato, nos apresente uma proposta. O Ministério do Planejamento conhece a nossa pauta de reivindicações. Esperamos sair dessa greve o mais rapidamente possível. Nosso interesse não é só financeiro. São inaceitáveis os salários baixos pagos aos servidores nas universidades”, completou.

O HUB afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que a paralisação dos funcionários técnicos-administrativos não alterará a rotina das atividades da unidade hospitalar. Além dos 732 técnicos, o hospital possui outros 1.459 trabalhadores. Segundo a assessoria, todas as consultas serão feitas normalmente, assim como as cirurgias agendadas