Bolsa no exterior cresce, mas só 12% estão em escola ‘top’

Um dos principais programas do governo Dilma, o Ciência Sem Fronteiras já triplicou o número de universitários que estudam no exterior, financiados pela União. A maior parte dos beneficiados, porém, não está nas melhores faculdades do mundo.

Com base nos dados oficiais do programa, a Folha identificou para quais instituições os alunos de graduação ganharam bolsa, considerando os quatro países que mais receberam alunos (EUA, Portugal, Espanha e França).

Dos cerca de 8.000 graduandos, só 12% foram para universidades que integram uma lista considerada como de excelência pela própria Capes (um dos órgãos do Ministério da Educação que coordena o projeto).

Nos materiais informativos e publicitários, o governo afirma que financia os alunos para estudar nas “melhores universidades do mundo”.

Analistas ouvidos pela reportagem afirmam ser positiva a iniciativa de enviar alunos para o exterior, pois, com a experiência, eles podem melhorar o sistema brasileiro (na graduação, eles ficam fora até um ano e meio).

Um dos problemas, dizem, é usar recursos públicos para custear bolsas em escolas que estão até abaixo de brasileiras como USP e Unicamp.

Lançado em 2011, o programa deverá gastar R$ 3,2 bilhões até 2014, para custear 101 mil bolsas. O valor é equivalente a 70% do Orçamento da USP para este ano.

rankings

Em seu site, a Capes afirma que “prioritariamente” os alunos devem ir para uma das cerca de 300 universidades de excelência –basicamente, elas estão entre as 200 melhores do mundo em dois dos principais rankings internacionais ou tiveram ao menos uma área com boa posição.

As listas consideradas são dos rankings britânicos THE (Times Higher Education) e QS (Symonds Quacquarelli).

Ao comentar os dados tabulados pela Folha, o órgão federal afirmou, porém, que os alunos estão “nas melhores instituições disponíveis”.

No projeto, o aluno não escolhe em qual universidade estudará. Ele aponta a área e o país. A vaga é obtida pelas instituições parceiras da Capes em cada país, segundo os postos oferecidos pelas instituições que aderiram à ação.

As seis escolas que mais receberam alunos, todas portuguesas, não estão na lista considerada como de excelência.

A campeã foi a Universidade de Coimbra (709 alunos), que não está entre as 400 melhores no THE (onde a USP é 158ª) e está em 385ª no QS. Depois vem a Universidade do Porto e a Técnica de Lisboa.

Entre as instituições bem avaliadas, a que mais recebeu alunos foi a Universidade de Barcelona (93 estudantes), posição 187ª no QS. Há ainda alunos nas líderes dos rankings mundiais, como MIT (4 bolsistas) e Harvard (6).

Bolsista no exterior está na melhor insituição disponível, diz governo

 DE SÃO PAULO

 Os bolsistas do Ciência sem Fronteiras estão nas melhores instituições “disponíveis”, afirmou a Capes (um dos órgãos federais responsáveis pelo programa).

“Prioritariamente”, declara o órgão do Ministério da Educação, os alunos vão para as escolas mais bem conceituadas em cada área.

Se a universidade não aparecer em boas posições nos rankings, ainda assim ela pode receber alunos, afirma a Capes –desde que as instituições parceiras comprovem com especialistas que tal curso é de excelência.

Um dos exemplos citados é a Universidade do Porto, a segunda que mais recebeu graduandos, que não consta entre as 400 melhores no ranking THE e é 401ª no QS.

A universidade, diz a Capes, possui “uma das melhores escolas de engenharia civil na Europa”. Os cinco graduandos brasileiros em engenharia na instituição, porém, estão em outras modalidades (elétrica, mecânica e tecnologia da informação), segundo o site oficial do programa.

“Universidades de primeira linha não delegam a seleção de seus estudantes a outras instituições”, afirmam em artigo os pesquisadores Claudio de Moura Castro (Positivo), Hélio Barros (ex-secretário de Ensino Superior do MEC), James Ito-Adler (Cambridge) e Simon Schwartzman (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade).

“Instituições de menos prestígio e mais premidas [necessitadas] por dinheiro podem fazê-­lo, mas isso pode significar degradação na qualidade da experiência de estudos no exterior”, dizem.

“Passar um ano fora, no meio de um curso de graduação, pode ser divertido para o estudante, mas pode não significar muito em termos de sua formação”, afirmou Schwartzman à Folha.

Já o coordenador do grupo de pesquisa da Unicamp sobre ensino superior, Renato Pedrosa, diz ser preocupante o número de alunos financiados em universidades portuguesas –país que recebeu 2,3 mil graduandos, ante 2,9 mil alunos nos EUA.

“Parece um escolha pobre, em particular, pois os estudantes nem terão tido a experiência de aprofundar os conhecimentos numa língua diferente do português, nem terão contato com o que se faz de realmente melhor academicamente na grande maioria das áreas”, afirma.

A Folha questionou o governo desde segunda-feira sobre a localização de todos os bolsistas (incluindo os de pós), mas não obteve resposta.

FÁBIO TAKAHASHI – SÃO PAULO

 

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