Centro de Educação da Ufal desenvolve pesquisa na área de Educação de Jovens e Adultos

Ação é do Observatório Alagoano de Leitura em EJA, financiado pela Capes até 2015 e tem como foco a formação continuada do professor

O conhecimento é inerente ao ser humano e a leitura consiste em ferramenta fundamental em todo o processo do aprendizado, sendo a sala de aula o lugar comum para a concretização do sonho daqueles que procuram a escola pela vontade de aprender a ler e, consequentemente, adquirir conhecimento. Foi analisando a efetivação do processo ensino-aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Maceió, e seus possíveis entraves, que um grupo de pesquisadores do Centro de Educação (Cedu) e do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), da Universidade Federal de Alagoas, coordenado pela professora Marinaide Freitas, vem desenvolvendo estudos tendo como foco a leitura na formação continuada de professores.

A pesquisa “A leitura e a formação de leitores no Estado de Alagoas: estudo e intervenção de alfabetização em Educação de Jovens e Adultos”, está em desenvolvimento desde 2011 e contempla 120 alunos na faixa etária de 15 a 80 anos de idade de 4 escolas públicas da capital. Da rede municipal de ensino participam da pesquisa as Escolas de Ensino Fundamental Dr. Orlando Araújo e João XXIII, respectivamente, localizadas nos bairros de Ponta Verde e Jacintinho, na rede estadual a ação pedagógica nas Escolas Guilhermino de Oliveira, no bairro da Gruta de Lourdes e Mário Broad, na Jatiúca.

“A necessidade de intervenção pelo Observatório Alagoano da Leitura surgiu por considerarmos alarmante o Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (IDEB) de Alagoas. O estudo foi centralizado no Programa de Jovens e Adultos por se constatar que 90 por cento desses já tinham frequentado a escola”, frisa Marinaide Freitas, destacando que a causa das repetidas entradas e saídas da escola tem como principal causa no Estado, a exclusão social. Referência na área, o projeto já gerou publicações nacionais e internacionais e apresentado em eventos no país e também no exterior, a exemplo de Portugal. Mais recentemente, a pesquisa integrou, como mesa-redonda, a programação do 1º Alagoas Caiite

O estudo, campo de aprendizado em graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado) em Educação, envolve Grupos de Pesquisa do Centro de Educação, como o Multidisciplinar em Educação de Jovens e Adultos (Multieja) e Aquisição de Linguagem em Educação; o Comunicação e Multimídia (Comulti/COS), do Instituto de Ciências Humanas Comunicação e Artes (ICHCA), contando com participação de  docentes e estudantes bolsistas do Programa Institucional de Iniciação Científica (Pibic) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes),  que integram o Observatório Alagoano de Leitura em EJA. O laboratório do Estado é vinculado ao Observatório da Educação (OBEDUC/Capes).

“Estamos formando recursos humanos qualificados para a atuação em EJA no Estado, que envolve também representantes das escolas contempladas pelo projeto. A intervenção também tem sido objeto de estudo em cursos de pós-graduação, abrindo um novo e promissor campo de atuação pedagógica, a exemplo dos trabalhos em desenvolvimento da mestranda Valdilene Barros e das doutorandas Adriana Santos e Valéria Cavalcante”, destaca Marinaide, doutora na área.

O projeto, iniciado em 2011, tem conclusão em 2015, é financiado pela Capes que destina bolsas de estudos e recursos para aquisição de equipamentos instalados no Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão sobre Alfabetização (Nepeal), localizado no Centro de Educação. “Podemos citar como saldo positivo o interesse da comunidade assistida pelo Observatório para a manutenção do projeto, assim como a valorização e a intervenção, principalmente por parte dos alunos, parceiros fundamentais na ação pedagógica”, afirma Marinaide Freitas.

Projeto-piloto

A Escola Estadual Guilhermino de Oliveira, selecionada para o projeto-piloto, teve as ações concluídas em 2012, mas a rotina do Programa EJA que dispõe de cerca de 70 alunos matriculados, continua com o acompanhamento da equipe da Ufal. Segundo a coordenadora Marinaide, as demais escolas envolvidas estão nas fases de Sessões de Estudo e de Reflexão e retorno às aulas, que consistem nos passos subsequentes após o diagnóstico inicial. “O projeto adequa-se ao calendário escolar das redes municipal e estadual, que seguem diferentes tempos nas escolas objeto de estudo”, frisa.

A coordenadora pedagógica da Escola Guilhermino de Oliveira, no bairro Gruta de Lourdes, professora Elizabete de Castro Santana, destaca como saldo positivo do projeto, o apoio aos alunos, a intervenção pedagógica, como também as mudanças pedagógicas ocorridas em sala de aula pela professora. “Os alunos  despertaram para o valor da leitura na sala de aula e em sua prática, o que foi fundamental para a redução da evasão escolar até então existente”, frisa Elizabete.

“Passei a ter uma nova visão sobre a EJA, com a consciência de que o resgate do valor dessa Educação tem que ser feito por nós, alunos, professores, coordenadores e diretores”, diz a professora Eleide Xavier, acrescentando que o trabalho do Observatório abriu para ela novos horizontes na citada área.

EJA e qualificação docente

O projeto na Escola Municipal João XXIII, no bairro do Jacintinho, está nas etapas de Sessões de Estudo e de Reflexão. Envolve todo o grupo-escola, mas segundo a professora Ana Helena Matos, a positividade do projeto da Ufal já é constatada. “São muitos os ganhos com as ações do Observatório Alagoano de Leitura que se volta à formação continuada do professor. Os alunos despertaram para a leitura, demonstrando o desejo de ler e, consequentemente, de adquirirem conhecimento”.

A importância do projeto para a formação inicial agrega teoria-prática e é destacada pelos alunos do curso de Pedagogia que participam como bolsistas do Observatório Alagoano de Leitura. “A partir da disciplina Educação de Jovens e Adultos, na grade curricular do curso, o projeto permitiu colocar em prática a relação teoria-prática, observando-se o melhor desempenho do professor em sala de aula”, disse a bolsista Fernanda Rafaela da Silva.

O problema relacionado à leitura, segundo a mestranda Valdilene Cardoso que concluirá o curso em 2015, existe na própria graduação em Pedagogia e considera ser o projeto uma contribuição também para a formação acadêmica. “Inicialmente eu quis me qualificar em Educação Infantil, mas o Observatório Alagoano de Leitura despertou meu interesse para trabalhar com a Educação de Jovens e Adultos”, disse. São da mesma opinião o graduado em Pedagogia Reinaldo Batista e a aluna Luciana Gomes (bolsista PIBIC). Eles, que vêm se qualificando vislumbrando a atuação profissional na área, revelam que a experiência é gratificante por produzir mais conhecimentos em EJA.

Atuação do Observatório de Leitura

O projeto nas escolas se desenvolve em etapas, iniciando-se com a observação das aulas de leitura ministradas pelas professoras que são objetos de estudo. “A partir dessa observação realizamos um diagnóstico que é apresentado à escola propondo outras possibilidades de trabalhar a leitura, sem quebrar a autonomia existente. Nas escolas-alvo não houve nenhuma resistência à intervenção colaborativa”, diz a coordenadora do projeto. Na segunda etapa são realizadas as Sessões de Estudo, Reflexão e o retorno às observações das aulas, constituindo-se num processo de ação-reflexão-ação.

Segundo Marinaide, com a falta de estrutura existente nas escolas o fator pedagógico é afetado, e isso implica também na falta de valorização profissional para a dedicação exclusiva à atividade. “O projeto mexe com a estrutura da escola propondo acesso aos mais variados bens culturais para que o sujeito (jovem, adulto e idoso) tenha acesso às bibliotecas, por exemplo. A criação de uma rede de formação continuada nas escolas, nesse formato, diz a doutoranda Adriana Santos será possível a partir das condições concretas em parceria com os poderes públicos municipal e estadual.

Integram o Observatório Alagoano de Leitura os seguintes docentes e discentes: Marinaide Freitas; Nadja Naira Aguiar Ribeiro; Adriana Cavalcanti dos Santos; Edna Telma Vilar; Antonio de Freitas;Valéria Campos Cavalcante (docente na SEEE/AL e Cesmac). Como bolsistas da Capes, o pedagogo Reinaldo Batista Santos; Fernanda Rafaela da Silva; e Sanclésia Batista Ferreira. Pelo Pibic: Luciana Gomes Silva; Rafaella Calaça de Oliveira; e a pedagoga Valdilene Cardoso de Barros.

São colaboradoras do projeto as professoras Ana Helena Matos, da Escola Municipal João XXIII; Dagmar Cristina Matias, da Escola Municipal Orlando Araujo; Eleide Ferreira Xavier, da Escola Estadual Guilhermino de Oliveira e a coordenadora do EJA; e Maria Cristina Cruz, da Escola Estadual Mário Broad. O projeto já está no ciberespaço, com o blog Observatório Alagoano de Leitura em EJA (em fase de atualização pela coordenação de multimídia) no endereço : http://observatorioalagoanodeleituraemeja.blogspot.com.br/.

 

Ascom Ufal

 

 

 

5 Ways to wear a romantic red dress
free games online Dior debuted his house’s first collection in February 1947

Louis Vuitton Falls Back Upon Sidelines in Economy Crisis
online games Top 5 NYFW spring picks with a fall twist

Where to Find Affordable Coach
mermaid wedding dresses Grab that old sweater and pay attention

Compare Kim Kardashian’s fashion style with that of Kate Middleton
cheapest flights easy-to-follow hot months suggestions

Term Real Estate Investors Sacrifice Short
forever 21 and 10 year average revenue growth of 4

How To Make A Leather Tri
jeux layout considering men’s

The Value of Quality Customer Service
kleider Every woman should own at least one pair of fashion boots

How to Dress Sexy in Cold Weather
ballkleider Vests will always create a fashion statement