Cooperação acadêmica e científica entre a UFPE e a França é formalizada e ampliada

A UFPE e o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD, na sigla em francês), da França, vão ampliar as atividades de cooperação acadêmica e científica, principalmente nas áreas de Oceanografia e Ciências do Mar, iniciadas há mais de 15 anos. No dia 15 deste mês, o reitor Anísio Brasileiro e o representante no Brasil do IRD, Frédérich Huynh, assinaram o acordo de cooperação acadêmica e científica, durante cerimônia na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília. “Ele abrange várias áreas, mas o carro-chefe do acordo é a área das Ciências do Mar. Desde 1998, a UFPE estabelece uma relação com os colegas franceses do IRD neste setor”, explicou o professor Moacir Araújo, do Departamento de Oceanografia da UFPE, responsável pela coordenação do acordo na área.

O objetivo também abrange cooperação acadêmica e científica nas áreas de ciência da terra e ciências humanas e sociais. Para o professor Moacir, com a formalização do acordo, será facilitada a obtenção de bolsas e o reconhecimento das instituições de fomento à ciência e tecnologia. Para ele, o acordo vem contribuir para o processo de internacionalização da própria UFPE. “A Universidade só ganha com o reforço da cooperação com o IRD, com a formação dos alunos, o intercâmbio, a mobilidade estudantil, a participação em programas de pós-graduação no exterior”, afirmou Moacir.

Na opinião do reitor Anísio Brasileiro, a França é “um modelo de país que sabe conciliar solidariedade e ciência”. “Essa associação permitirá que pesquisadores franceses e brasileiros trabalhem na ponta do conhecimento fundamental para a integração do Brasil através dos nossos rios e mares”, afirmou ele. Já o representante do IRD no Brasil, Frédéric Huynh, reforçou a ideia defendida pelo professor Moacir Araújo. “A assinatura deste convênio permite reconhecer e valorizar mais de 15 anos de cooperação científica na busca do conhecimento dessa interação entre oceano e clima,” afirmou Frédéric.

Para o diretor de Cooperação Internacional do CNPq, Sérgio Beirão, o acordo entre UFPE e IRD é um exemplo inovador de esforço de internacionalização da ciência brasileira. “De maneira geral, esse estímulo vem de agências, como nós e a Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior], mas é importante que a universidade se envolva e tome iniciativa.”

O professor Moacir Araújo explicou, ainda, que o acordo foi assinado para os próximos cinco anos, mas pode ser renovado. “Nós estamos recebendo uma cientista francesa, que vai ficar aqui dois anos. Cinco alunos do Departamento de Oceanografia estão com orientação de colegas franceses no programa de pós-graduação”, comentou. A ideia é que a cooperação não só continue depois de cinco anos, como se fortaleça.

Ascom/UFPE

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