Cooperação técnica entre UFMT e Secretaria de Saúde beneficia população de MT

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Secretaria de Estado de Saúde (SES) assinaram termo de cooperação técnica de mútua colaboração técnico-operacional com objetivo  de realizar exame laboratorial – sorologia para paracoccidioidomicose –  para toda a rede pública do Estado de Mato Grosso e o desenvolvimento de pesquisas com foco na doença fúngica endêmica paracocccidoidomicose (PCM).

Essa ação é resultado do árduo trabalho de pesquisa realizado pelo Laboratório de Investigação da Faculdade de Medicina (FM) da UFMT, sob a supervisão da professora doutora em Microbiologia, área de concentração – micologia, Rosane Hahn, responsável pela linha de pesquisa em micologia  e pelos estudos de fungos de interesse em medicina humana, dentre eles o Paracoccidioides brasiliensis, agente etiológico da paracoccidioidomicose.

Além de fortalecer a pesquisa científica e publicações técnico-científicas, a parceria com a Secretaria de Estado de Saúde vai permitir o acesso à sorologia aos pacientes de todo o Estado de Mato Grosso, por meio da rede primária de saúde, e inclusive o acesso, via Internet, aos resultados dos exames a serem liberados pelo MT Laboratório. A perspectiva é transformar Mato Grosso em referência no Centro-Oeste com a produção de exoantígenos obtidos a partir do fungo isolado de pacientes dessa região.

A proposta ainda é tentar incluir a PCM como doença de notificação compulsória junto ao Ministério de Saúde, a fim de permitir o tratamento mais rápido e eficaz (com o Itraconazol) e gratuitamente para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com a expansão do Laboratório de Investigação, o objetivo é passar para a segunda fase: avaliação da qualidade do antígeno. Além de procurar  o antígeno ideal para o Estado e para o Brasil, busca ainda implantar técnicas que avaliem esses resultados, a partir dos fungos isolados em Mato Grosso.

 Problema de saúde pública

Esta micose é considerada um problema de saúde pública, pelo seu alto potencial incapacitante e pela quantidade de mortes que provoca, quando não diagnosticada e tratada oportunamente. No entanto, a paracoccidioidomicose não é uma doença de notificação compulsória, por isso não dispõe de dados precisos sobre a sua incidência no país.  E, portanto, está no grupo de doenças negligenciadas.

“Essa doença mata, principalmente na sua forma mais aguda que atinge agricultores, em sua maioria na idade produtiva, na faixa etária de 30 a 50 anos de idade. E, por atingir população de baixa renda, é deixada de lado, é negligenciada”, afirma a professora-pesquisadora  Rosane Hahn, que há 16  anos estuda essa doença.

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Paraná estão entre os Estado com maior incidência da doença.  Localizados nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, são considerados Estados com vocação agrícola. Acredita-se que o fungo está localizado no solo, e, inalado, instala-se primeiramente nos pulmões.

A infecção, geralmente, é adquirida nas duas primeiras décadas de vida, com pico de incidência entre 10 e 20 anos de idade. As manifestações clínicas são comuns em adultos entre 30 e 50 anos de idade, incidindo mais em homens do que em mulheres. Essa doença acomete 15 vezes mais os homens do que as mulheres.

Há 20 anos o Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) da UFMT faz o exame para diagnosticar a doença. Os pacientes recebem o tratamento gratuitamente (sulfametoxazol-trimetropim). No entanto, esse tratamento é longo, por um período de dois anos, e há muitos casos de abandono. Os pacientes param de tomar a medicação e há o agravamento da doença. Entretanto, existe um tratamento mais rápido, com duração de seis meses, mas a população de baixa renda não tem acesso, pois é caro e não é fornecido pelo governo.

O termo de cooperação técnico-científica vai possibilitar ampliar os exames de sorologia no Estado e, com isso, realizar o prognóstico desta micose. A sorologia permite o acompanhamento da evolução da doença, durante todo o período de tratamento.  É possível verificar se o paciente está curado ou se deixou de tomar a medicação.

O MT Laboratório (SES/MT) é responsável, dentre outros serviços, pela vigilância epidemiológica e a sorologia para paracoccidioidomicose não era realizada pela rede pública do Estado. Os exames solicitados eram pagos pelo HUJM a laboratório terceirizado e os resultados considerados insatisfatórios. Centrada na política de pesquisa aplicada da UFMT e voltada para a comunidade e população mato-grossense, surgiu a idéia de ofertar o exame sorológico a todos os pacientes do Estado , via escritórios regionais dos municípios ligados ao MT laboratório, numa parceria técnico-científica entre a UFMT e a Secretaria de Estado de Saúde.

“O conhecimento gerado no seio da universidade passa, então, a ser traduzido em serviços oferecidos aos pacientes, especialmente aos usuários  do SUS”, observa a pesquisadora. É um exemplo notório da universidade como fonte de conhecimentos e os resultados aplicados benefício da população. Além disso, a parceria técnico-cientifica também vai valorizar e incrementar a produção cientifica na instituição, em especial a pós-graduação.

Nesta parceria, a UFMT cedeu o espaço físico e os equipamentos do Laboratório de Investigação (Laboratório de Micologia), aparelhado por meio de recursos advindos de dois editais de governo, envolvendo a UFMT e SES/MT, propostos pela professora Rosane Hahn. Em contrapartida, a Secretaria de Saúde cedeu os servidores (farmacêuticas-bioquímicas) e material de consumo para a operacionalização dos exames. A Secretaria ainda arcará com ônus de treinamentos específicos para avanço nesta área de conhecimento na instituição referência e parceira Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), no laboratório coordenado pelo professor Zoilo Pires de Camargo, professor titular da Unifesp, com 30 anos de experiência em sorologia para paracoccidioidomicose.

Descobertas científicas

Desde 2003, com a implantação do mestrado em Ciências da Saúde na UFMT,  a professora Rosane Hahn investiga a obtenção de exoantígenos, a partir de isolados clínicos provenientes de pacientes acometidos por paracoccidioidomicose (PCM), atendidos  no ambulatório III,  do Hospital Universitário Júlio Müller, referência para o atendimento de pacientes com essa doença.

“Por meio de uma série de pesquisas, duas dissertações desenvolvidas na UFMT e uma tese de doutorado realizada na Universidade de Brasília (UnB) em parceria com a UFMT, foi possível descobrir que existe uma variabilidade antigênica do fungo em nosso Estado”, explica a professora pesquisadora.

“Devido a este fato, foi possível descobrir uma outra espécie do fungo, a qual foi denominada Paracoccidioiddes lutzii”, completa. Esse trabalho foi publicado em 2011, e tem a professora Rosane Hahn como coautora ao lado de pesquisadores brasileiros, venezuelanos e norte-americanos.

A descoberta da nova espécie de fungo revolucionou a história da paracoccidioidomicose. Rosane Hahn atuou como colaboradora na tese de doutorado da UnB que descobriu a nova espécie deste fungo. As amostras pesquisadas eram de Mato Grosso e foram também estudadas na tese de doutorado da professora Rosane Hahn

“A partir de agora é sabido que as reações sorológicas utilizadas para acompanhar a evolução da doença deverão ser realizadas com antígenos específicos, pois não é mais possível utilizar um antígeno padrão como anteriormente, devido à possibilidade de resultados falso-negativos,” explica a pesquisadora.

Todo esse trabalho de pesquisa teve início em 2003 quando a pesquisadora da UFMT teve a idéia de que os fungos de Mato Grosso fossem diferentes daqueles provenientes de outras regiões do Brasil. Então, eles começaram a testar soros de pacientes de Mato Grosso com antígeno de São Paulo e vice-versa. “O antígeno utilizado dava reação falso-negativa. Só que nós não sabíamos fazer o antígeno”, recorda. Em 2004 e 2005, via Laboratório de Investigação, os pesquisadores da UFMT foram a São Paulo aprender a fazer o antígeno, por meio de parceria com a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).  Na ocasião, o Laboratório de Investigação foi equipado por meio de edital da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat).

A doença

A paracoccidioidomicose foi descrita pela primeira vez, em 1908, por Adolfo Lutz. Quatro anos depois, Splendore descreveu novos casos em pacientes

da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e estudou minuciosamente a morfologia do fungo, denominando-o Zymonema brasiliensis. Em 1930, Floriano Paulo de Almeida instituiu a denominação Paracoccidioides brasiliensis. A paracoccidioidomicose é, também, denominada

doença de Lutz, blastomicose sul-americana, blastomicose brasileira, moléstia de Lutz- Splendore-Almeida e micose de Lutz. O termo paracoccidioidomicose foi instituído em 1971 na reunião de micologistas das Américas em Medellin e persiste, até hoje, como nomenclatura oficial.

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