Diplomas de graduação e cursos complementares cada vez mais perto

Sonho de entrar na universidade fica próximo com o sistema de educação a distância, que substitui a presença nas salas de aula pelas novas tecnologias

Com a correria do cotidiano e a evolução da tecnologia, muitas pessoas trocaram a sala de aula pela forma de ensino conhecida como Educação a Distância (EAD). Antes vista como secundária ou especial para situações específicas, a EAD passou a ser a opção de cada vez mais estudantes. De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), João Luiz Martins, a modalidade estabelece uma inovadora relação no processo de ensino-aprendizagem e contribui para a democratização do acesso às universidades.

“A EAD contribui para a inclusão de alunos no ensino superior. Considerando que seria praticamente impossível implantar uma universidade em cada município do Brasil, a modalidade vem cumprindo um importante papel no que se refere à abertura de oportunidades para pessoas que antes eram excluídas dela. É uma opção que contempla milhares de brasileiros”, afirmou o também reitor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).

 

Além de ajudar pessoas afastadas territorialmente, a EAD facilita os estudos daqueles que não possuem tempo disponível para se adequar aos tradicionais horários de aula. Os cursos semipresenciais permitem que o aluno estude no local e hora de preferência, de acordo com um cronograma elaborado por cada universidade. Para isso, o estudante conta com um material didático especial, além do apoio de uma tutoria com presença opcional.

 

Para atender às necessidades dos alunos, são estruturadas unidades educacionais conhecidas como polos, uma referência física entre a instituição de ensino e o aluno, com bibliotecas, laboratórios de informática, oficinas e tutores. De acordo com Vânia Laneuville, diretora do Polo de Niterói vinculado ao Centro de Educação Superior a Distância do Rio de Janeiro (Cederj), as unidades devem suprir as necessidades de estudo dos alunos.

 

“Nosso polo possui dois laboratórios de computação e uma biblioteca, além de espaços de convivência e estudo. Temos uma grande diversidade de alunos que buscam pela primeira vez a graduação. Todo o material didático é elaborado por professores das universidades consorciadas, possui uma linguagem própria à EAD e é fornecido gratuitamente”, explicou.

 

A secretária Maiara Marinho, de 24 anos, cursou dois anos de Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para comparecer às aulas, a moradora de São Gonçalo era obrigada se deslocar diariamente até a Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro.

 

“Gastava bastante dinheiro com passagem e não podia trabalhar porque perdia muito tempo. Não larguei o curso por causa disso, mas era um esforço diário. Por isso optei por cursar uma faculdade a distância. O método me permite estudar e trabalhar ao mesmo tempo. Sou eu quem determina a forma como quero aprender”, disse a estudante do quarto período de Administração da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

 

Ao contrário da maioria das pessoas que optam pela EAD, Maiara frequenta semanalmente o Polo de São Gonçalo, local onde costuma estudar e tirar suas dúvidas.“Todo aluno acaba indo algumas vezes ao polo, seja para fazer provas ou entregar algum trabalho, mas poucos costumam estudar por lá. Gosto de comparecer porque tenho acesso a uma biblioteca e posso direcionar melhor o meu estudo. Além disso, tiro dúvidas com os tutores das disciplinas. Assim como em um curso presencial, temos um calendário semanal que é obedecido rigorosamente. A presença só é obrigatória quando temos uma prova ou um trabalho para entregar”, observou.

 

Já graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Luiz Tiago Finkel, de 26 anos, decidiu buscar a segunda formação pelo método a distância. De acordo com ele, a forma de ensino era a única possibilidade de conquistar o segundo diploma pela UFF. “Conquistei a minha primeira formação pelo método convencional, mas era uma época diferente. Eu era mais jovem e ainda não trabalhava. Hoje em dia, seria impossível arrumar tempo para frequentar aulas presenciais.

 

Um dos problemas do ensino presencial é que você pode até ser estudioso e possuir capacidade de passar, mas pode ser reprovado pelo número de faltas. Isso não acontece no ensino a distância. Ainda que o método exija o mesmo grau de conhecimento para a obtenção do diploma, fornece ao aluno uma flexibilidade muito maior”, elogiou o engenheiro, que cursa o sexto e último período de Tecnologia em Sistemas de Computação.

 

Apesar de elogiar a liberdade de estudo da EAD, Luiz Tiago afirma que “a flexibilidade pode também ser uma armadilha”. Segundo o engenheiro, o aluno deve tomar cuidado para não adiar os estudos. “A pessoa deve ficar atenta aos horários de estudo, principalmente no início do curso. A grande liberdade pode acabar atrapalhando, mas tudo é questão de disciplina. Uma das melhores coisas do método a distância é que todo minuto de aula é aula. Não existe nenhum tipo de atraso ou perda de tempo. Nunca presenciei nenhuma greve na vídeoaula”, brincou.

 

A técnica de enfermagem Regina de Avellar, de 49 anos, também elogia flexibilidade que a EAD oferece aos alunos. A profissional cursa o primeiro período de Tecnologia em Gestão de Turismo no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), um antigo sonho que era impedido por uma vida corrida. “Trabalho em UTI Neonatal e faço plantão de 24 horas. Ficava muito triste por não ter tempo de frequentar uma universidade, por isso considero uma enorme conquista ter entrado no curso de Turismo. Estamos próximos de eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, e o mercado está aquecido. Se não fosse a EAD, não teria condições de estudar”, declarou.

 

Regina destaca a importância da disciplina na hora de se dedicar à aprendizagem. Segundo a enfermeira, estudar sozinha é um grande desafio. Apesar da qualidade do material didático, muitas vezes o aluno é obrigado a buscar outras fontes de pesquisa.  Outro obstáculo é a desvalorização da EAD. Regina lamenta que muitas pessoas considerem o método “mais fácil”. “Parece fácil, mas não é. O material didático é ótimo, mas não fornece todas as respostas. Temos que pesquisar bastante em livros e na internet. Eu costumo acordar às 5 horas da manhã para estudar. Só eu sei a dificuldade que foi para entrar na faculdade e o quanto me esforço para me manter nela. Não quero ser uma aluna mediana. O conhecimento me fascina”, destacou.

 

 Uma oportunidade para a tão sonhada pós-graduação

Formada em Licenciatura Plena pela UFRRJ, Débora Gaspar, de 33 anos, não encontrava tempo para cursar a desejada pós-graduação. Um dia, recebeu a ligação de uma amiga, que avisava sobre a abertura das inscrições para cursos a distância. Após enviar os documentos necessários, Débora foi selecionada para fazer a pós-graduação em Novas Tecnologias no Ensino da Matemática pela UFF. Dedicada, a estudante procurou conhecer todas as ferramentas da plataforma pela qual estudava.

 

“Toda semana os professores disponibilizam novos materiais de estudo na plataforma. Tudo é feito pelo computador, inclusive os trabalhos. Alguns a gente manda por correio, poucos a gente entrega diretamente no polo. Eu nunca fui muito de mexer em computador, mas me adaptei bem ao modelo. Antes, quase nunca usava o único email que tinha. No final, acabei tendo que fazer outro, devido à quantidade de mensagens que recebia. A plataforma contém fóruns pelos quais estamos sempre em contato com os colegas de curso. Inclusive, a participação é uma das formas de avaliação. Costumo dizer que rola uma aprendizagem colaborativa, na qual a gente aprende bastante com as perguntas e respostas dos outros colegas”, explicou.

 

De acordo com a estudante, uma das grandes exigências do método é a leitura, já que o fórum contém perguntas e respostas quase sempre escritas. Além disso, os professores indicam uma série de textos para estudo. “Acaba que a gente aprende a elaborar melhor nossas respostas escritas, pois temos que deixar os outros atraídos por aquele conteúdo. O ruim é que o conteúdo escrito acaba sendo um pouco limitante. Pode acontecer de a pessoa não entender o real sentido daquilo que o outro quis dizer. Uma vez, um colega me chamou atenção. Eu costumava escrever em caixa alta para destacar minhas afirmações, mas ele avisou que, daquela forma, era como se eu estivesse ‘gritando’. A gente acaba aprendendo novas formas de se comunicar por meio da escrita”, disse.

 

Cerca de 26 mil estão no sistema a distância

Criado em 2000 com o objetivo de levar educação superior gratuita a todo o Rio de Janeiro, o Centro de Educação Superior a Distância do Rio de Janeiro (Cederj) é formado por sete universadades públicas: UFF, UFRJ, UFRRJ, Cefet, Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). Atualmente, o consórcio conta com cerca de 26 mil alunos matriculados em seus cursos de graduação a distância.

 

O estudante conta com material didático especialmente elaborado, além do apoio de tutoria presencial – nos próprios polos – e a distância, por telefone (0800) ou pela internet. Não há aulas presenciais diárias, mas algumas disciplinas exigem um número mínimo de presença no polo para a execução das aulas práticas de laboratório, trabalho de campo, trabalhos em grupo, além dos estágios e oficinas. Existem dois tipos de avaliações: a distância e presencial. As avaliações presenciais são realizadas nos polos, no mesmo dia e hora em todas as unidades.

 

 

“A EAD é a opção de alunos que têm dificuldade de encontrar tempo para frequentar a sala de aula, pessoas que moram fora dos grandes centros e gente que gosta da metodologia autônoma”, explicou Carlos Eduardo Bielschowsky, presidente da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj), ligada ao Cederj.

 

De acordo com o presidente, o vestibular, que acontece duas vezes por ano, segue as regras específicas de cada universidade. A Uerj, por exemplo, possui cotas para estudantes de escolas públicas. “Os vestibulares oferecem cerca de seis mil vagas. Porém, existe um alto índice de evasão. Algumas pessoas entram com o pensamento de que vão conquistar um diploma com facilidade, mas se surpreendem. Outras não se adaptam à metodologia, já que as cobranças podem ser bem maiores do que em um curso presencial. Nós temos as melhores médias do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes”, afirmou Carlos Eduardo Bielschowsky.

 

 

Instituições privadas investem em cursos

Com o objetivo de conquistar o público que busca uma melhor qualificação profissional, algumas instituições privadas passaram a investir na oferta de cursos técnicos a distância. Gerenciado pelo Centro Educacional de Niterói (CEN), a Direção de Educação de Jovens e Adultos e de Educação Profissional (Dejap) oferece cursos técnicos em Secretaria Escolar e Transações Imobiliárias, além de Ensino Fundamental e Médio para adultos. Porém, de acordo com a coordenadora Elizabeth Candido, o carro-chefe da instituição é o Projeto Crescer, que oferece curso de formação de professores. Ao final das aulas, o profissional está apto a exercer o magistério no Ensino Fundamental.

 

 

“O Projeto Crescer oferece conteúdos, metodologias e técnicas para o crescimento profissional do professor, desenvolvendo suas habilidades e competências. Para se inscrever, é necessário possuir Ensino Médio completo e se interessar por lecionar na Educação Infantil e em classes do primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental. Muitas pessoas acham que o método da EAD é desvalorizado, mas isso não acontece. As empresas costumam nos ligar e pedir indicações de candidatos para estágio”, afirmou Elizabeth.

 

A professora de Artes Helena de Jesus, de 51 anos, está no segundo curso a distância. Formada no Projeto Crescer, a moradora de São Gonçalo agora se dedica ao curso “Fundamentos da Educação Ambiental para a Docência”. De acordo com Helena, o objetivo é ensinar aos alunos a importância da arte sustentável. “O curso me abriu uma porta incrível. No momento, estou focada no meio ambiente, pois quero unir a educação artística à sustentabilidade. Quero ensinar aos alunos a importância de preservar a natureza”, observou Helena.

 

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