MCT nomeia Comissão responsável pela implantação do Programa de Apoio à Pós-Graduação das Ifes

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) publicou, no Diário Oficial da União do último dia 14, portaria que designa os componentes da Comissão Técnica Interministerial responsável pela implantação do Programa de Apoio à Pós-Graduação das Ifes, o PAPG-Ifes. O grupo tem como representante do MCT o secretário executivo Luiz Antonio Rodrigues Elias, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) o diretor de programas horizontais e instrumentais José Roberto Drugowich, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal em Nível Superior (Capes) o diretor de Programas e Bolsas Emídio Cantídio, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) o secretário de Tecnologia Industrial Francelino Grando, da Andifes o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, reitor Ivonildo do Rêgo, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) Nelson Maculan e da Academia Brasileira de Ciências (ABC) a conselheira Keti Tenenblat.

O projeto está em discussão na Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) desde novembro de 2007. Agora, o objetivo da Andifes é conseguir espaço no orçamento dos Ministérios ainda este ano, para iniciar a implantação do PAPG, uma prioridade da atual gestão.

Reunião
No dia 17 de julho, membros da Comissão se reuniram na Andifes para discutir a instalação do grupo. Os representantes do MCT e MEC, Antonio Ibañez e Emídio Cantídio receberam, dos responsáveis pela elaboração do PAPG Francisco César de Sá Barreto e Helio Leães, o relatório final com os estudos e objetivos do programa.

Na primeira fase da construção do projeto, documentada neste relatório, a Andifes recebeu 2.314 formulários eletrônicos preenchidos pelas Ifes de acordo com suas demandas de programas de pós-graduação. Na segunda fase, que começou agora, será feita uma análise qualitativa destes dados.

Sá Barreto explicou que o diferencial do PAPG-Ifes é o foco na resolução das assimetrias entre regiões e entre áreas do conhecimento. Segundo ele, diferentemente dos editais de agências de fomento, neste caso, não há concorrência, e a pós seria construída de acordo com a competência da instituição em oferecê-la.

O representante do MCT Antonio Ibañez afirmou que levaria a questão ao ministro da Ciência e Tecnologia Sério Rezende. Emídio Cantídio (Capes/MEC) destacou o “forte planejamento” elaborado pela Andifes e afirmou que na Capes existe um conjunto de programas que serão colocados dentro do PAPG-Ifes, mas que mesmo assim, o programa precisa de um aporte financeiro

Sobre o orçamento do PAPG, o presidente da Andifes explicou que a Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados já se comprometeu a colocar uma de suas cinco emendas nesse projeto. “Nosso esforço, agora, é pela abertura do PAPG no orçamento dos Ministérios, por isso precisamos da ajuda de vocês”, enfatizou Alan Barbiero.

A primeira reunião oficial da Comissão Interministerial ficou agendada para o dia 4 de agosto.

PAPG
Uma comissão com consultoria especializada, apoiada pelo Fórum de Pró-Reitores de Pós-Graduação (Foprop) formatou o projeto do PAPG, que terá duração de quatro anos (2009-2012). O PAPG tem como principal objetivo “resolver as assimetrias e contribuir para o desenvolvimento da nação”. Para isto, o programa propõe a equalização de oportunidades, que contempla a diversidade, em contraponto à equalização de resultados, que tende a aumentar as assimetrias.

As linhas de ação do PAPG serão: qualificação e fixação ou permanência de pessoas pós-graduadas nas Ifes; crescimento e consolidação das atividades de pós-graduação; fortalecimento da infra-estrutura de pesquisa. “No entorno da pós-graduação, há uma forte indução à produção do conhecimento e ao estímulo à inovação tecnológica”, destacou o presidente da Andifes, reitor Alan Barbiero, sobre a importância do PAPG.