Ministério da Defesa premia pesquisas da UnB

Pesquisadores da Universidade ficaram em segundo lugar em duas categorias de concurso de teses sobre defesa nacional

Dois pesquisadores da Universidade de Brasília foram premiados no V Concurso de Teses sobre Defesa Nacional, realizado pelo Ministério da Defesa. Rodrigo Medeiros conquistou o segundo lugar na categoria doutorado, com a tese “Decodificando a Internacionalização da Amazônia em narrativas e práticas institucionais”, e Mariana Fonseca Lima garantiu a mesma posição na categoria mestrado, com a dissertação “Percepções sobre a interação entre defesa, diplomacia e inteligência no Brasil”. O prêmio foi entregue no último dia 20. Na ocasião, o almirante Julio Saboya de Araujo Jorge destacou que os assuntos relativos à defesa são pouco discutidos pela sociedade civil.

Os primeiros lugares nas duas categorias ficaram com pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp). Na categoria doutorado, Marcos Vadhat Ferreira venceu com o trabalho foi sobre a política de segurança dos Estados Unidos e a tríplice fronteira após o 11 de setembro. No mestrado, outro aluno da Unicamp, Alcides Peron, ficou em primeiro com a pesquisa sobre o programa F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB).

O gerente de Políticas Setoriais da Subchefia de Política e Estratégia da Defesa, coronel Gustavo de Souza Abreu, afirmou que o concurso mostrou “interessantes e até inéditas pesquisas históricas e outras perspectivas comparadas contemporâneas em que o Brasil é situado no sistema internacional”. Para ele, o resultado do concurso “demonstra elevado nível de percepção dos problemas por parte dos pesquisadores”. Como por exemplo a dissertação de Mariana, sobre a interação entre os órgãos de defesa, diplomacia e inteligência no Brasil.

Mestre em Relações Internacionais, Mariana mapeou as instituições das três áreas e a partir de entrevistas com 21 autoridades, desenvolveu critérios para medir o grau de interação entre as diferentes instâncias de decisão. “A interação é muito baixa no Brasil, apesar de ter havido uma melhora significativa a partir de 1999, após a criação do Ministério da Defesa e da Agência Brasileira de Inteligência”, afirma. “Antes, sequer havia interação entre as três forças armadas”.

DIÁLOGO – Por meio das entrevistas, Mariana constatou que os principais temas onde há trocas de informações entre diplomatas, militares e os serviços de inteligência são os que envolvem o crime organizado. Porém, quando perguntados qual tema seria o mais importante nessa agenda de cooperação, o mais citado foi “estabilidade política regional”. “O entorno regional do Brasil é uma das prioridades da política externa do Itamaraty e do Ministério da Defesa, até por causa das questões comerciais envolvendo o Mercosul e a Unasul”, explica a pesquisadora.

Segundo Mariana, um dos principais pontos que dificulta o diálogo entre diplomacia, defesa e inteligência é a falta de uma estratégia nacional. Não existem reuniões regulares da Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden) ou do Conselho de Defesa Nacional. “Eles funcionam mais quando são provocados, e atuam com uma temática ampla, como a compra do submarino nuclear”, explica. “Para que haja maior regularidade, é necessário que haja um objetivo comum, uma estratégia”.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a interação entre as agências de inteligência e defesa é uma obsessão, com encontros semanais ou quinzenais. “Eles também têm problemas com isso, como aconteceu no 11 de setembro. Mas trata-se de uma megaestrutura”, afirma Mariana.

AMAZÔNIA – Rodrigo Medeiros, segundo lugar na categoria doutorado, focou sua tese em uma questão que incendeia os debates nas redes sociais: a internacionalização da Amazônia. Com pesquisas feitas no Brasil e nos Estados Unidos, o doutor em Ciências Sociais analisou como esse tema é tratado nos dois países. Segundo o estudo, a apropriação do território amazônico por outros países é apenas um mito. “A internacionalização não existe”, afirma. “No caso dos EUA, eles reconhecem a soberania brasileira, o que acontece é que eles veem a Amazônia como uma fonte de recursos naturais para serem processados pelas suas tecnologias. E isso é legítimo”, afirma Rodrigo.

O pesquisador destaca que o grande problema em relação à Amazônia é a falta de soberania do Brasil sobre as informações coletadas na área. “No caso do Sistema de Vigilância da Amazônia, o Sivam, a tecnologia de satélites não é brasileira, e as informações são compartilhadas”, diz. “Existe um comprometimento dos militares brasileiros em relação a essa questão, mas faltam recursos e tecnologia”.

Ele diz que o Brasil mudou sua percepção sobre a floresta nos últimos 50 anos. Enquanto que na década de 1960 a palavra de ordem era “integrar para não entregar”, hoje o país vê a Amazônia como um ativo a ser protegido, ao invés de levar o desenvolvimento para lá. “Existe muita coisa desconhecida lá, faltam pesquisas e controle sobre o conhecimento que já é produzido lá”, afirma.

O PRÊMIO – O Concurso de Teses sobre Defesa Nacional existe desde 2004, e tem como objetivo motivar os pesquisadores a tratarem do tema em seus estudos. Segundo Larissa Israel, cordenadora do Departamento de Pessoal, Ensino e Cooperação do Ministério da Defesa, o resultado tem sido positivo. Tanto que, neste ano, a pasta pretende lançar um concurso voltado para os alunos de graduação.

Leonardo Echeverria –  UnB

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