Pesquisa mostra que, para 48,7%, ensino melhorou

Em levantamento do Ipea, as piores avaliações sobre setor foram registradas na Região Sudeste

BRASÍLIA. Pesquisa de opinião divulgada ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que 48,7% dos brasileiros veem melhora na educação pública. Já para 24,2%, o ensino piorou. Para os demais 27,2%, a situação continua igual.

O levantamento ouviu 2.773 pessoas em novembro e faz parte do Sistema de Indicadores e Percepção Social do Ipea. Para 12,1%, a educação melhorou bastante. Para 13,1%, piorou bastante. Embora predomine a opinião de que o ensino público avançou, há diferenças nos recortes regionais, de renda e escolaridade.

Entre os entrevistados com pós-graduação ou nível superior completo, 35,4% disseram que a educação pública piorou. O índice mais baixo de avaliação negativa (21,4%) foi registrado entre os que cursaram até os anos finais do ensino fundamental.

A Região Sudeste lidera a avaliação negativa, com 36,1% dos entrevistados dessa região afirmando que o ensino piorou. O maior índice positivo é no Centro-Oeste, com 62,9%. O coordenador de Educação da Diretoria de Estudos Sociais do Ipea, Paulo Roberto Corbucci, diz que a pesquisa retrata a opinião da população:

– É pelo olho de quem está vendo. A gente pode levantar como hipótese que a melhora foi mais perceptível para aqueles que estavam na base da pirâmide, que tinham piores condições de acesso e permanência – diz Corbucci.