Reitores são homenageados com a Ordem Nacional do Mérito Científico

Os reitores Amaro Lins (UFPE), José Ivonildo Rego (UFRN), Álvaro Prata (UFSC) e Hélio Waldman (UFABC) receberam, em sessão solene durante a abertura da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (4ª CNCTI), com a participação do Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva a Ordem Nacional do Mérito Científico.

 

 

Os reitores Amaro Lins (UFPE) e José Ivonildo Rego (UFRN), ambos ex-presidentes da Andifes, receberam a homenagem na ordem de Comendador, como personalidades dos anos de 2008 e 2009, respectivamente.

 

 

 

O reitor Amaro Lins, presidente da Andifes em 2008/2009, recebeu a distinção com “muito orgulho de quem tem toda uma carreira dentro da universidade”. “Credito esta homenagem ao trabalho realizado junto à equipe na UFPE e ao trabalho dentro da Andifes, que dignifica a atuação das universidades e tem sido elemento fundamental para a Educação, Ciência e Tecnologia no país”, resumiu.

 

 

O reitor Ivonildo Rego, presidente da Andifes em 1998, disse estar extremamente feliz. “Acho que é uma homenagem também a minha instituição, pelo que foi feito na gestão no sentido de consolidar a UFRN como universidade de pesquisa”, avaliou. Ivonildo também considerou fundamental a atuação na Andifes, tanto na presidência, quanto na presidência da Comissão de Ciência e Tecnologia.

 

 

 

 

 

O reitor Álvaro Prata, promovido à classe Grã-Cruz na área de Ciências da Engenharia, considerou a homenagem como um estímulo a mais para seguir em frente, “É uma distinção que nos honra muito e nos dá uma responsabilidade adicional como pesquisador e cientista. É um reconhecimento que nos motiva, nos lisonjeia”, comemorou Álvaro Prata. O reitor ainda destacou a honra de estar na companhia de tantos cientistas ilustres.

 

 

  

 

O reitor da Universidade Federal do ABC (UFABC) Helio Waldman recebeu a distinção na área de Ciências de Engenharia em 2009. O reitor explicou que se sentiu muito honrado com o reconhecimento, pois sua vida sempre foi muito dedicada à pesquisa científica e tecnológica. O seu antecessor, ex-reitor da UFABC Adalberto Fazzio foi promovido à classe Grã-Cruz na área de Ciências Físicas por sua atuação em 2008.

 

 

 

4ª CNCTI

As homenagens foram entregues durante a sessão de abertura da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que ocorre em Brasília entre os dias 26 e 28 de maio. Com o tema “Política de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação com vista ao Desenvolvimento Sustentável” a comunidade científica discute durante o evento políticas para a área no próximo decênio.

 

 

Atualmente, o Brasil é responsável por 2,7% da produção científica internacional, ocupando a 13ª posição no ranking. Em 2010 foram distribuídas 160 mil bolsas de pesquisa, e em 2009 foram 50 mil titulados, entre mestres e doutores. Depois de apresentados os números do PAC da Ciência, o ministro da Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende afirmou que o Brasil tem um sistema nacional de Ciência e Tecnologia consolidado e que o desafio é que o conhecimento gere desenvolvimento sustentável e riqueza. Em seu discurso, o Presidente Lula se comprometeu a aumentar o orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia no próximo ano. De acordo com o ministro da Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende, é possível pensar a próxima década com mais ambição, pois o Brasil está crescendo.

 

 

Lula exaltou o trabalho da comunidade científica e agradeceu pela contribuição dos pesquisadores. O Presidente criticou a postura do empresariado brasileiro que, segundo ele, não estava preparado para a inovação: “Não tínhamos o hábito, não acreditávamos que era possível fazer isso”, afirmou. Lula ainda defendeu a criação de um mecanismo para os cientistas gerirem o investimento.

 

 

Para o Presidente da República hoje a Ciência está em outro paradigma no país. “Ser cientista nesse país era a arte de ser teimoso, agora não. Agora é a arte de fazer Ciência em um país que tem política para Ciência”, enfatizou Lula.

 

 

Educação

Representantes de entidades ligadas à Ciência e Tecnologia no país concordaram que investir na Educação Básica é um fator imprescindível para o crescimento científico. O secretário geral da 4ª CNCTI Luiz Davidovich afirmou: “Temos que alcançar o estágio da importação de cérebros internacionais e dos que estão desperdiçados nas periferias das grandes cidades. Isso passa pelo fortalecimento da Educação Básica, cada criança deve ter oportunidade”.

 

 

O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) Marco Antonio Raupp falou sobre a necessidade de educação básica para o povo, com escolas públicas de qualidade e universalização do ensino. “O desafio é que as crianças saiam da escola com educação para a cidadania. A questão educacional é a primeira de todas, e é um dever dos cientistas e professores universitários se debruçarem sobre isso”, defendeu Raupp.

 

O ministro da Educação Fernando Haddad afirmou que o governo resgatou a visão sistêmica da Educação, atendendo todas as etapas do ensino. “Há muitos cientistas nesse país que se dedicam não só à pesquisa, mas às universidades brasileiras. São mais de cem novos campi no interior do país. Nunca a universidade brasileira esteve tão engajada na Educação Básica”, destacou Haddad. Para o ministro este momento é importante pois a Educação Básica e a Superior “se encontraram de maneira definitiva”: “Por meio das universidades vamos transformar a Educação Básica neste país”, destacou o ministro da Educação.