Sesu fala sobre ações e programas que o MEC pretende implementar em 2017

A Andifes realizou na quinta-feira, 01 de fevereiro, a primeira reunião do ano de 2017. O secretário de Educação Superior (Sesu/MEC), Paulo Barone, que foi um dos convidados na CRIX reunião ordinária do Conselho Pleno, afirmou que a pasta vai atuar na manutenção de ações e programas. “A expansão ainda está em curso, mas é um período de muita instabilidade. Por isso, tratar de uma agenda estratégica é bastante oportuno”. Entre as pautas discutidas estavam a educação no campo, formação de professores indígenas, entre outros. O tema será retomado na próxima reunião do colegiado, no próximo dia 21/2, no Rio de Janeiro. O encontro contou com a presença massiva de dirigentes e pró-reitores.

Em sua fala, Barone enumerou as principais ações da agenda estratégica que o MEC vai trabalhar junto a Andifes. Uma delas é o Prolind, que é o programa de apoio à formação superior de professores que atuam em escolas indígenas de educação básica. Segundo ele, na região amazônica, os programas atuais atendem menos de um terço da demanda de formação superior de professores indígenas. “Em um estado como Amazonas ou Pará, por exemplo, há pelo menos 14 turmas abertas. O analfabetismo e a exclusão no Brasil são muito ligados às populações do Norte do país”.

De acordo com Barone, o PET, programa desenvolvido por grupos de estudantes, com tutoria de um docente, tem sido muito importante, apesar do alcance restrito. Para ele, poucos estudantes participam, o que demonstra um caráter institucional fragilizado. “Pretendemos reestudar o PET. Estamos ainda em uma fase preliminar dessa análise, mas em breve iremos debater com as universidades os rumos mais favoráveis para o desenvolvimento desse projeto”. O secretário da Sesu/MEC disse também que a pasta também já identificou membros, que apesar da legislação prever um período máximo de seis anos para a permanência no programa, não estão respeitando o valor da alternância.

Na ocasião, o secretário adiantou que a pasta irá lançar, em breve, um edital no valor de R$ 50 milhões para as universidades que apoiarem projetos de extensão, e falou também sobre programas não sitiados na Sesu, como a Universidade Aberta Brasileira. Para ele, futuramente, os cursos EaD poderão crescer a oferta de matrículas nas universidades federais.

Para encerrar, Paulo Barone afirmou que o MEC está trabalhando na liberação de um dezoito avos do capital do orçamento 2017. “Estamos em uma situação em que temos 12% a menos em relação a 2016, considerando que não houve o reajuste pelo IPCA de 6,74%. Haverá algum controle da liberação de limite dos dispêndios para investimento, especialmente para as obras de expansão, mas estamos trabalhando na regularização”, concluiu.

Ascom/Andifes