UFAM assina Protocolo de Cooperação com Universidade de Aveiro, em Portugal

Colaboração acadêmica, científica e cultural entre as instituições lusófonas beneficiará docentes, discentes e pesquisadores

Reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, assina Protocolo de Cooperação internacional ao lado do reitor da Universidade de Aveiro, professor Manuel António AssunçãoReitor da Ufam, professor Sylvio Puga, assina Protocolo de Cooperação internacional ao lado do reitor da Universidade de Aveiro, professor Manuel António AssunçãoPor Cristiane Souza

Em seu 20º encontro, realizado até sábado, 12, na Universidade de Aveiro (UA), em Portugal, a Rede de Estudos Ambientais em Países de Língua Portuguesa (REALP) reuniu os parceiros lusófonos de universidades do Brasil, de Angola, de Cabo Verde e de Moçambique, além de representantes de ministérios afins e agências de fomento à pesquisa para comemorar seus 21 anos.

O reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), professor Sylvio Puga, está em Portugal, onde reafirmou, na manhã desta terça-feira, 8, a presença da única instituição de ensino superior (IES) do Norte do Brasil na Rede de Estudos Ambientais. O representante da Ufam na REALP é o docente da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), professor Henrique Pereira, que também participa deste 20º Encontro.

A professoraTerezinha de Jesus Pinto Fraxe, também da FCA, e a professora Elenise Scherer, vinculada ao Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), apresentam trabalhos no evento.
Ao lado da Ufam, a Universidade de Brasília (UNB), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) são as outras IES brasileiras na REALP.

O Protocolo assinado pelo professor Sylvio Puga tem o escopo de “estabelecer uma cooperação acadêmica, científica e cultural no interesse comum da Ufam e da UA a partir do desenvolvimento de ações conjuntas em temas correlatos aos objetivos da Rede”.

Num trecho do documento, ambas as instituições reconhecem a importância da colaboração internacional no intuito de fortalecer a missão institucional e valorizar docentes, investigadores e estudantes. Ajustam ainda que a “as atividades colaborativas serão pactuadas no interesse da função universitária” e por meio de contratos.

Entre as ações previstas estão o intercâmbio pedagógico e científico de docentes e pesquisadores, a mobilidade de discentes da graduação e da pós-graduação, a organização de eventos conjuntos – como seminários, conferências ou encontros, e a elaboração de pesquisas e projetos em comum.

O tema escolhido para o encontro de 2018 é ‘Ambiente e Direitos Humanos’, na perspectiva de que as duas questões estão intrinsecamente ligadas e se reforçam mutuamente. A escolha está alinhada à estratégia de desenvolvimento sustentável apregoada pelas Nações Unidas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), adotados em setembro de 2015.

Logo da REALP com as bandeiras dos membrosLogo da REALP com as bandeiras dos membrosAlém de recordar os mais de 20 anos de criação da REALP, o evento comemora os 40 anos da criação do Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro (DAO/UA) e as três décadas passadas desde a Conferência Nacional de Ambiente de Portugal (CNA). O professor Manuel Carlos Serrano Pinto é o homenageado nesta edição.

As realizações da Rede também são destacadas, a exemplo da formação de parcerias multinacionais e da realização do Projeto Científico e Pedagógico de Doutoramento Internacional em Gestão e Políticas Ambientais, tendo a primeira turma sido iniciada em 2016.

O Protocolo de Execução da Rede Luso brasileira de Estudos Ambientais foi assinado no dia 4 de abril de 1997, quando o professor Nelson Fraiji estava no cargo de reitor da Ufam. Além dele, assinaram o documento os reitores das Universidades brasileiras de Brasília (UNB), de Pernambuco (UFPE) e de Santa Catarina (UFSC).

A então ministra do Ambiente de Portugal, Elisa Ferreira, o presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) daquele País, Fernando Ribeiro, e os reitores das Universidades portuguesas de Açores, Aveiro, Évora e Nova de Lisboa pactuaram o protoloco executivo da Rede. Os presidentes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) à época, respectivamente Abílio Neves e José Tundisi, também deram o aval ao acordo.