UFMA na maturidade

A Universidade Federal do Maranhão completou quarta-feira 43 anos. Uma data comum, sem maior simbolismo, mas que dificilmente será ignorada, de agora por diante. A explicação para a importância desse aniversário é que a UFMA passa por um momento de redefinição, não apenas como um centro de ensino superior, mas como uma instituição de presença marcante na vida do Maranhão. E nesse contexto é visível que, além dos ajustes acadêmicos, o Campus do Bacanga, sede da mais importante universidade maranhense, ganha mais espaços, numa demonstração de que vive, de fato, um momento especial.

Como toda Instituição de Ensino Superior mantida pelo contribuinte no Brasil, a UFMA é base sólida na formação da inteligência nacional, contribuindo, de maneira decisiva, para atender o mercado de trabalho maranhense com profissionais de alto nível. Não pode ser considerada uma universidade de “ponta”, que produz conhecimentos em larga escala, mas cumpre o seu papel na medida do possível, administrando carências. Nesse patamar, deve ser vista como uma instituição nobre, indispensável a um estado como o Maranhão.

São vários e indiscutíveis os exemplos em que a UFMA pode ser apontada como uma boa instituição de ensino superior. Os cursos de Medicina, Direito, Economia, Enfermagem, Letras, Farmácia, Serviço Social, História, Engenharia Elétrica, Odontologia, Comunicação Social estão entre os melhores da região, segundo avaliações insuspeitas. Além do mais, trabalha fortemente com extensão, prestando bons serviços na formação e no aperfeiçoamento de quadros técnicos que a procuram.

Amadurecida pela longa trajetória, a UFMA acumulou rica experiência acadêmica, dispondo hoje de um quadro respeitável de professores pós-graduados, o que lhe permite proclamar-se excelente em algumas áreas de importância vital. Mesmo administrando uma insistente escassez de recursos, consegue produzir conhecimento em escala razoável, ao mesmo tempo em que reúne esforços para melhorar cada vez mais a sua função básica e essencial que é a formação de profissionais. Nesse particular, tem avançado nos últimos tempos, apesar das limitações orçamentárias.

Em tempos recentes, a UFMA vem experimentando uma arrojada guinada administrativa, comandada pelo reitor Natalino Salgado, um médico que, além do mister profissional e da ampla e respeitável formação acadêmica, se especializou também como um gestor público audacioso, que se revelou no trabalho que mudou definitivamente o Hospital Universitário. O reitor conta com uma equipe determinada e eficiente, conseguindo bons resultados dos poucos recursos que dispõe.

Por sua história e pelos serviços que já prestou, está prestando e prestará ao Maranhão enquanto existir é que a UFMA merece o tratamento que está recebendo e o apoio e o respeito de todos os maranhenses.

Editorial publicado no jornal "O Estado do Maranhão", no dia 22/10