UFS vai triplicar a própria geração de energia fotovoltaica

Universidade passará a produzir mais de 100 mil kWh/mês.

Atualmente abrigando o maior parque fotovoltaico do estado e produzindo energia solar em cinco unidades distribuídas em três campi, a Universidade Federal de Sergipe vai, praticamente, triplicar a própria capacidade de gerar energia elétrica de fonte solar fotovoltaica. Com investimento de R$ 2,4 milhões já garantidos pelo Ministério da Educação, a UFS vai instalar neste ano mais sete unidades fotovoltaicas, levando energia autossustentável a mais dois campi e no Centro de Cultura e Arte – Cultart, passando a produzir mais de 100 mil kWh/mês.

“Como já temos conhecimento e experiência no processo, no final do ano passado, quando o Governo Federal lançou um edital para as instituições federais superiores investirem em geração de energia fotovoltaica, avançamos com a nossa expertise e conseguimos o investimento necessário para a ampliação do nosso sistema”, informou o reitor Angelo Antoniolli.

Dos atuais 35.292 kWh gerados por mês, com a ampliação a UFS terá uma capacidade total de produzir 100.696 kWh/mês. Os R$ 2,4 milhões de investimento são suficientes para a instalação de 1.568 novas placas fotovoltaicas, que ampliarão os sistemas dos campi de São Cristóvão (Codap e Did. VII), Lagarto (biblioteca) e da Saúde (Departamento de Odontologia), além de levar energia solar para os campi de Itabaiana (Bloco D) e Laranjeiras, e para o prédio do Cultart.

“Mais de 65 mil kWh é energia suficiente para atender a quase 370 residências”, calcula o professor Milthon Serna Silva, do Departamento de Engenharia Elétrica, responsável pelo projeto. Segundo ele, o início da instalação das novas unidades é no mês de maio ou junho e deverá começar pelos prédios do Colégio de Aplicação e da Didática VII, no campus de São Cristóvão.

Desde 2017, a UFS vem instalando em seus campi sistemas de geração de energia fotovoltaica. No campus de São Cristóvão, o Departamento de Engenharia Elétrica – DEL, a Biblioteca Central e o prédio da Didática V geram a própria energia que consomem. O mesmo acontece no Ambulatório do Campus da Saúde (Hospital Universitário) e agora no Centro de Simulações do Campus de Lagarto. O investimento feito no primeiro sistema fotovoltaico que foi instalado no DEL, em dois anos e três meses de operação já se pagou, segundo informa o professor Milthon Serna.

“Essa política de sustentabilidade, buscando reduzir os custos da universidade, está condicionada ao momento que estamos passando, de escassez de recursos. Com isso, investimos melhor na qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão, melhorando o nosso ambiente acadêmico. Buscamos reduzir os custos onde é possível mexer, como no consumo de energia elétrica, que é um dos insumos mais caros”, diz o reitor, informando que a UFS gastou mais de R$ 13milhões com a energia elétrica consumida em 2018. Esse custo baixou para R$ 11 milhões em 2019.