UFVJM – Artigo de pesquisadores da sobre escala de medo da Covid-19 é publicado no site da OMS

 

Acaba de ser divulgado na página da Organização Mundial da Saúde (OMS) o artigo Perceived fear of COVID-19 infection according to sex, age and occupational risk using the Brazilian version of the Fear of COVID-19 Scale, desenvolvido a partir da parceria entre pesquisadores da UFVJM, Universidade Federal de Lavras (UFLA) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com auxílio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Trata-se de um estudo de validação da escala de medo da Covid-19 para a população brasileira, originalmente publicado na revista Death Studies. No trabalho foram avaliados também os níveis de ansiedade da amostra composta por 1.743 participantes. Foi observado que mulheres apresentaram maiores níveis de ansiedade e que trabalhadores da linha de frente do sexo masculino e indivíduos mais jovens apresentaram maiores escores de medo em relação à doença. “A Escala Brasileira de Medo da Covid-19 é um estudo pioneiro no Brasil que se mostrou uma ferramenta confiável com excelentes propriedades psicométricas para identificar o medo da infecção na população brasileira e auxiliar futuros estudos que desejem investigar esses aspectos em indivíduos brasileiros”, comenta um dos pesquisadores responsáveis pelo artigo, professor Eric Francelino Andrade, do Instituto de Ciências Agrárias (ICA), UFVJM-Campus Unaí.

 

De acordo com o professor Eric, mais de 90% das pesquisas realizadas no Brasil são desenvolvidas por pesquisadores em universidades públicas. “No contexto da pandemia, esses números tornam-se ainda mais evidentes, destacando a importância tanto das universidades quanto da pesquisa. Um exemplo disso é o próprio artigo em questão, que foi desenvolvido através da parceria de pesquisadores de três universidades públicas. Assim, mesmo com a escassez de recursos, que muitas vezes é uma barreira para o desenvolvimento dessas pesquisas, diversos pesquisadores desdobram-se para dar continuidade a projetos, inclusive utilizando recursos próprios”, comenta o pesquisador da UFVJM.