Unilab e Ufopa visam alunos de fora

A 1ª reunirá estudantes de países que falam português; a 2ª, de nações da fronteira amazônica

Enquanto Unila e UFFS foram criadas na mesma região do Brasil -e até no mesmo Estado, o Paraná-, Unilab e Ufopa surgiram do outro lado do país, respectivamente nas cidades de Redenção (CE) e Santarém (PA). A Unilab segue os moldes da sua quase xará, a Unila. Também foi criada com a proposta de integração internacional, mas, no seu caso, entre países de língua portuguesa, como Moçambique, Guiné-Bissau e Timor Leste. Por enquanto, a graduação não vai receber candidatos de Portugal, que poderão concorrer apenas às vagas de pós-graduação. “Achamos que os portugueses são atendidos por boas universidades, não precisam da nossa ajuda, por enquanto”, afirma o reitor da Unilab Paulo Speller. Sua universidade é a única das novas federais que ainda não iniciou as atividades, previstas para começarem no próximo ano, com a oferta de cursos de graduação e pós. Metade das 350 vagas serão destinadas a estudantes estrangeiros, selecionados por universidades de cada um desses países.
Na Unilab, assim como na universidade de Foz do Iguaçu, todos os estudantes vão morar juntos, pelo menos até o penúltimo ano da faculdade, já que os estrangeiros deverão cursar os últimos dois semestres em seu país de origem, onde também receberão o diploma. “É uma forma de eles já se inserirem no mercado de trabalho”, justifica Speller.

NEM TÃO NOVA – Apesar de a Ufopa estar entre as últimas universidades federais criadas no país, de novo mesmo ela só traz o nome -e algumas questões administrativas. É que tanto os alunos como os cursos que ela oferecem já existiam antes do início deste ano, quando foi oficialmente fundada. Isso porque ela surgiu do desmembramento de campi da Ufra (federal Rural da Amazônia) e da UFPA (federal do Pará) em Santarém. Entre os seus oito cursos, o mais característico da região é o de engenharia florestal. A proposta é que, no futuro, a Ufopa também se torne uma universidade de cooperação internacional, que atenda estudantes oriundos dos países que formam a Amazônia.