UFG – Pró-reitores fazem panorama de ações afirmativas na Universidade

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A Coordenadoria de Ações Afirmativas da UFG (CAAF) realizou nesta quinta-feira (27/8), no auditório da Biblioteca Central, seu primeiro fórum. Dentro da programação do evento foi realizada uma mesa com pró-reitores da UFG, que fizeram um panorama das ações afirmativas já adotadas na Universidade e apresentaram novas ideias. Tal discussão balizou o trabalho de quatro grupo que debateram ações afirmativas para ensino, extensão, permanência e cultura, pontuando propostas para a construção de políticas afirmativas na UFG, que resultaram em um documento que deve ser organizado e orientar ações da Caaf.

A abertura do evento contou a presença do Secretário de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Paulo Gabriel Soledade Nacif, que elogiou a UFG pela maturidade da discussão proposta. Segundo o Secretário, o debate sobre ações afirmativas nas universidades deveria estar ocorrendo desde a década de 70, mas a ditadura militar atrasou esse processo, aumentando o desafio para os próximos anos. “A ditadura espremeu o nosso tempo e agora temos muita coisa para fazer ao mesmo tempo”, explicou. Nacif ainda destacou que o sucesso das políticas afirmativas na educação está levando o debate também para outras esferas, como o mercado de trabalho. “Viver na diversidade é algo ao qual não estamos acostumados. Por isso discutir ações afirmativas é algo pulsante e desafiador”, provocou.

Reitor da UFG, Orlando Amaral, lembrou conquistas da UFG, como os cursos de licenciatura indígena e de educação para o campo e as cotas na graduação e na pós-graduação, entre outras. “Ações como essa mostram o que a universidade tem feito para dar mais acesso, para ter mais a cara do Brasil e dar oportunidade de formação a uma parcela significativa da população que não a tinha”, declarou. Para Orlando Amaral a UFG está abrindo caminhos e debates como esse são fundamentais para “tornar esse país melhor, menos desigual e mais justo”.

Coordenadora da CAAF, a professora Luciene Dias lembrou que a criação da coordenadoria é uma resposta institucional a um pedido feito ao reitor, ainda durante sua campanha, e incorporado ao seu plano de gestão. Ela destacou que o fórum é um espaço para orientar ações concretas para dar uma resposta da coordenadoria à comunidade acadêmica. “Espero que a gente possa existir nessa universidade pelo que a gente é e que possamos construir uma UFG que seja a nossa cara”, afirmou.
Para Luciene Dias, o fórum representa um empenho coletivo no sentido de resgatar tudo o que a UFG já construiu e continuar trabalhando em uma proposta maior. “As conquistas são muitas e o desafio crescente porque, quanto mais a gente conquista, mais temos que oferecer respostas que contemplem tudo isso que a gente propõe e acredita”. A professora lembrou o momento de cortes financeiros e greve de técnico-administrativos, docentes e alunos na UFG, ressaltando a importância de se inserir a discussão sobre ações afirmativas também nesse contexto.

No encerramento do evento foi realizada uma atividade cultural, a oficina de tambor de crioula, típico do Maranhão, onde o batuque e a dança se unem, celebrando o encontro e a diversidade. “Foi um momento para conviver com outras linguagens que buscam o mesmo fim”, explicou Luciene Dias.

Angélica Queiroz – Ascom UFG
Fotos: Carlos Siqueira