Parceria entre UFG, SMS e Fundahc disponibiliza leitos no Hospital das Clínicas Covid

Solenidade na manhã desta terça-feira (11/8) marcou o início do contrato de gestão firmado entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) para a disponibilização de leitos no Hospital das Clínicas Covid (HCC) destinados ao atendimento da demanda da pandemia. A cerimônia contou com a presença do reitor da UFG, Edward Madureira, do prefeito de Goiânia, Iris Rezende, da secretária municipal de Saúde da capital, Fátima Mrué, do presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia, Romário Policarpo, do secretário municipal de Governo, Paulo Ortegal, e do diretor-executivo da Fundahc, José Antônio de Morais.

Neste início, serão disponibilizados 30 leitos de UTI e outros 30 de enfermaria que servirão de apoio às UTIs, mas há previsão de ampliação escalonada para até 100 leitos de UTI e 200 de enfermaria, de acordo com a demanda da SMS. As autoridades presentes visitaram as instalações que, a princípio, estarão cedidas para a SMS até 31 de dezembro de 2020, quando o Hospital retorna à Universidade para futura sede do Hospital das Clínicas da UFG, sob gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), com previsão de inauguração para início de 2021.

Em seu discurso, Edward agradeceu à administração do HC, que cedeu as instalações que ainda não foram inauguradas, à Fundahc e ao Conselho Universitário, que avaliou e permitiu a cessão do espaço. Íris Rezende agradeceu o empenho da UFG, enalteceu a importância da Universidade para Goiás, e a solidariedade em relação ao povo goiano.

Toda a demanda será encaminhada via Regulação da SMS, portanto, a unidade não fará atendimento direto a pacientes que procurem o local. O Hospital das Clínicas Covid não é referência para receber pacientes com comorbidades graves e que necessitem de cuidado simultâneo de várias especialidades médicas.

Atendimento

Diretora-geral do HCC, a médica infectologista e professora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da (IPTSP/UFG), Adriana Guilarde, destaca a importância da ação neste momento de flexibilização do comércio no estado de Goiás. “Há risco de crescimento do número de casos de Covid, notadamente no interior do estado, então é importante assegurar a estrutura necessária a fim de que não haja falta de leitos para a população. Além disso, há muitos leitos na rede particular de saúde subsidiados pelo governo municipal e, ao abrirmos esses novos, conseguiremos migrar essa demanda para a rede pública com um menor custo”, considera.

Cerca de 300 profissionais entre equipes médica, de enfermagem, multiprofissional, administrativa, de nutrição e apoio atuarão no HCC já nesta primeira semana. No caso de a unidade oferecer os 300 leitos previstos, esse quantitativo poderá chegar a aproximadamente 1.500. Terá um médico intensivista responsável a cada 10 leitos de UTI, além de infectologistas e anestesiologistas. Será ofertado um respirador para cada dois leitos de UTI. Os números de profissionais e de aparelhagem disponibilizados seguem normas técnicas e garantem atendimento de qualidade e excelência.

Para a professora, o momento exige empatia e dedicação de toda a equipe. “Viemos para suprir uma demanda imediata e importante. Sabemos que cada um de nós pode ser um futuro paciente, e vamos nos preparar para oferecer nosso melhor”, afirma, reforçando a necessidade “de rigor nas práticas de biossegurança pela equipe, a fim de minorar os riscos ocupacionais inerentes à função”.