Secretario nacional de desenvolvimento Tecnológico e inovação fala na UFSC sobre os desafios para o crescimento brasileiro

Alvaro  Toubes Prata, secretário nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, e ex-reitor da UFSC, ministrou a conferência de encerramento do Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE), que teve como tema “Inovação, Cultura e Sustentabilidade”.

Prata falou como a inovação está na ordem do dia e de como todos têm a obrigação de inovar, isto é, de mudar, fazer diferente, buscar a forma melhor. Mas para que se possa fazer com que uma coisa seja melhorada, é preciso ter um olhar crítico, perceber a realidade de uma maneira diferenciada, o que não é fácil.  Para mudar, é necessário ter visão histórica e crítica, e só se consegue isso se existir acesso à educação ampliada, o que dá condições de impactar a realidade. No entanto, só 15% dos jovens brasileiros que completam o ensino médio continuam estudando – um país que é a sexta economia do mundo não consegue educar seus jovens.

Os desafios do Brasil e da Europa são bastante distintos. A semelhança, segundo o secretário, é que esta Europa atual é bastante heterogênea, assim como o Brasil, que aceita superlativos contrastantes. Prata citou como pontos fortes do Brasil o orgulho de si próprio, grande área e bom solo, recursos naturais abundantes (minerais, petróleo), grande potencial de energia renovável (hídrica, solar, eólica), ciência forte e povo criativo. Explicou, também, que todos os países que possuem carvão fazem uso dele intensamente para gerar energia, mesmo sabendo do impacto negativo sobre o ambiente. O Brasil é o único que, tendo carvão, não o usa, e sua reserva desse mineral é quase o dobro que a de petróleo e gás.  Da eletricidade brasileira, 90% é renovável – no final de 2013, o Brasil já será o oitavo país do mundo em energia eólica.

Ainda falando sobre os pontos fortes, Prata destacou que o País está na 13ª posição em geração de conhecimento científico – ter uma pós-graduação tão forte é um contraste para uma nação que ainda não resolveu sequer a questão do ensino fundamental e médio.

Como fragilidades, o pesquisador destacou as grandes iniquidades (econômica, social e educacional);  a educação infantil ruim, sobretudo nos aspectos ligados à ciência; o baixo papel do setor terciário no desenvolvimento educacional; a baixa ou quase nula inovação em muitos setores industriais; a falta de infraestrutura em muitas áreas e o fato de termos poucos engenheiros.

Um dos maiores pontos críticos em relação à inovação é o setor industrial.  Está comprovado que, quanto mais um país investe em pesquisa e desenvolvimento, mais competitivo ele se torna. O que o governo brasileiro investe não está mal em relação ao que fazem outros países, mas o setor privado quase nada aplica em pesquisa e desenvolvimento.

Outro grande problema é a falta de infraestrutura na área de transportes. “Estamos presos”, disse Prata. Não há aeroportos suficientes, e os que estão passando por reforma estão muito aquém dos europeus ou asiáticos;  faltam estradas, ferrovias e transporte marítimo. O número de engenheiros em relação aos profissionais graduados no Brasil é em torno de 6%, enquanto na China é de quase 40%.

Em termos de educação, é impressionante que um país que teve a primeira dissertação de mestrado há apenas 50 anos forme, atualmente, 14.000 doutores por ano. O Brasil tem algumas universidades federais e estaduais entre as melhores do mundo;  um recurso único que é a Plataforma Lattes, um repositório onde mais de 2, 5 milhões de currículos de pesquisadores em todos os níveis estão disponíveis para consulta;  um portal de periódicos, como o da Capes, com mais de 30.000 artigos acadêmicos abertos a consulta;  além de possuir um sistema de bolsas único no mundo, que contempla até o ensino médio. Há também, atualmente, uma política para a descentralização da oferta de educação superior pública – em 2010 eram 59 campi principais e 274 campi a eles relacionados. A meta para 2014 é alcançar 63 campi principais e 322 campi interiorizados, além dos institutos nacionais de ciência, tecnologia e inovação, que atualmente são 126, sendo quatro em Santa Catarina.

Para o pesquisador, educação, ciência, inovação e empreendedorismo estão conectados, sendo que é necessário desenvolver o empreendedorismo tanto tecnológico como social.

Como instrumentos estratégicos de sua  Secretaria, Prata destaca o SIBRATEC, as incubadoras e parques tecnológicos, e a ação piloto da Embrapii – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação e Industrial –, criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

A Embrapii foi criada seguindo a proposta e homenageando o trabalho da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.  Há 50 anos, a grande preocupação brasileira era alimentar a população crescente. Num período incrivelmente curto, o Brasil resolveu não só a questão da alimentação para sua população – mesmo que, por questões socioeconômicas de má distribuição, nem todos tenham acesso a esses alimentos de maneira adequada –,  mas também alimentou parte da população do mundo. Isso se deveu à universalização e a mecanismos para levar o conhecimento e as tecnologias para o campo, o que a Embrapa desenvolveu.

A proposta da Embrapii é credenciar instituições para que sejam unidades suas – o credenciamento será por quatro anos. Aceito o credenciamento, os recursos chegam antes da produção, segundo a proposta de inovação. Também há a proposta que, em licitações públicas, se a empresa for inovadora, pode ganhar a licitação, ainda que apresente produtos  até 25% mais caros.

Para o secretário, os bons exemplos a seguir são os da Petrobras, Embrapa, Embraer, o programa de produção de veículos flexíveis  (etanol e gasolina), a automação bancária confiável e eficiente, além da avicultura e da produção de suco de laranja, açúcar, soja, café, milho, algodão, dentre outros produtos, projetos e programas.

O Brasil é atualmente um parceiro atrativo e tem estabelecido várias redes com parceiros europeus. O País caminha para se tornar a quinta economia mundial, mas necessita de fortes investimentos em educação, ciência e tecnologia, disse Prata, que concluiu afirmando que muito do que o Brasil alcançou se deve a ser uma democracia estável, sem conflitos internos e externos – mesmo levando em conta as últimas manifestações de rua –, ter um bom sistema universitário e, referindo-se ao Congresso, grandes parceiros europeus como França, Bélgica e Holanda, entre outros países. O Brasil aprendeu a relacionar-se com os países isoladamente, e agora tem tido dificuldades com aquilo a que está sendo convidado: relacionar-se com a União Europeia.

Alita Diana/Jornalista da Agecom/UFSC

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