Tribunal rejeita contas da USP por reitor ganhar mais que governador

Fiscalizações do Tribunal de Contas do Estado identificaram ganhos de dirigentes da USP acima dos do governador de São Paulo. A situação, considerada ilegal pelo TCE, fez com que as contas da universidade fossem rejeitadas ontem, pela primeira vez.

A análise do tribunal se refere aos gastos de 2008 da universidade, sob a gestão da então reitora Suely Vilela.

De acordo com o órgão de fiscalização estadual, a reitora, o vice-reitor, os pró-reitores e o chefe-de-gabinete ganhavam mais de R$ 17 mil, entre salários e benefícios.

A remuneração do governador de São Paulo -na época, o tucano José Serra- era de R$ 14.850.

A Constituição impõe que servidores públicos estaduais não podem ganhar mais que o governador.

A Folha apurou que foram identificados ganhos de dirigentes da cúpula da USP acima do teto até 2013, pelo menos. A universidade nega.

O conselheiro que cuidou do processo no tribunal, Antonio Roque Citadini, determinou ontem que a universidade precisa se adequar à regra da remuneração, sob risco de multas aos dirigentes.

Aqueles que têm contas julgadas irregulares podem também sofrer processo por improbidade administrativa.

A decisão de ontem foi tomada pelo relator. Eventual recurso será analisado pelo conjunto de conselheiros.

LIMITES

O tribunal criticou também, na decisão de ontem, as despesas da universidade com folha de pagamento.

Em 2008, ano analisado pelo relatório, a instituição gastava 87% dos seus recursos com salários e benefícios.

A situação se agravou e chegou a 100% no ano passado. Assim, a instituição tem usado reservas para cobrir as demais despesas. Em 2013, foram R$ 1 bilhão.

O tribunal recomenda que o governador estabeleça um teto para esse tipo de gasto.

A despesa com pessoal cresceu na USP tanto por conta de contratações (o número de funcionários cresceu 10% entre 2008 e 2012) quanto por aumentos acima da inflação aos servidores.

Em 2011 e 2012, por exemplo, o reajuste ficou dois pontos percentuais acima da inflação anual.

A gestão do reitor Marco Antonio Zago, que iniciou o mandato neste ano, não respondeu as questões enviadas pela Folha sobre a remuneração atual dos dirigentes.

DIVULGAÇÃO

Por ser autarquia especial, a USP não divulga publicamente as remunerações de seus servidores, ainda que sejam pagos com recursos do Estado, como fazem demais órgãos do governo.

A reitoria disse apenas que desde 2010 o teto do governador é respeitado nas universidades estaduais -informação questionada por técnicos com acesso à folha da USP.

Os dados disponíveis no site da instituição detalham como a remuneração dos dirigentes pode seguir acima do que ganha o governador.

Geraldo Alckmin (PSDB) recebe atualmente R$ 20.662.

A remuneração do reitor da universidade, por exemplo, é de pelo menos R$ 19 mil. Mas o servidor da USP tem direito a reajuste de 5% a cada cinco anos e aumento de 1/6 após 20 anos de trabalho.

Zago, por exemplo, está há 40 anos na USP.

No ano passado a Unicamp teve suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado, por diferentes conselheiros, pela mesma razão: salários acima do teto.

São esses mesmos conselheiros que analisarão os recursos tanto da USP como os da Unicamp.

 

 

USP vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas, diz reitoria

A atual reitoria da USP afirmou que recorrerá da decisão do Tribunal de Contas do Estado, mas que, como ainda não teve acesso à íntegra do documento, não é possível adiantar a argumentação.

O pedido de recurso, se confirmado, será analisado por um conjunto de conselheiros. A decisão ontem foi tomada pelo relator do caso.

Já a ex-reitora Suely Vilela, responsável pela instituição no ano analisado pelo tribunal, afirmou que “o parecer será analisado tecnicamente pelos órgãos competentes da universidade, não sendo possível neste momento me manifestar a respeito”.

 Sobre o pedido do tribunal para que o governador imponha um teto de gastos com folha de pagamento, a USP disse que acatará a decisão, “caso isso se efetive”.

Desde 2013, a instituição gasta quase todo seu Orçamento com pessoal, situação que permanecia até ao menos o mês passado. A atual reitoria assumiu em janeiro.

Assim, a universidade usou R$ 1 bilhão de suas reservas para as demais despesas em 2013, quando gastou R$ 5,3 bilhões no total.

Segundo a reitoria, o ideal é que o percentual utilizado com folha de pagamento fique por volta dos 85%.

 

Mário Cesar Carvalho e Fábio Takahashi – Folha de São Paulo

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