Potencialidades e fragilidades do Brasil para que se avance na área de inovação e empreendedorismo, e a importância de incentivar os jovens a investirem nessa área,  foram as abordagens prioritárias da Aula Magna proferida pelo secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação(MCTI), Álvaro Toubes Prata, na manhã desta quinta-feira, 11, no auditório da reitoria, marcando o início do primeiro semestre letivo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

O tema da Aula Magna,  “Universidade: Inovação e Empreendedorismo”, levou ao auditório da Reitoria estudantes,  professores e pesquisadores da UFRN que, ao final, aplaudiram o conferencista de pé.

A solenidade foi aberta pela reitora da UFRN, Ângela Paiva Cruz, que falou da relevância do tema, uma das prioridades contidas em seu Plano de Gestão, e fez apresentação do convidado, “que tem uma atuação marcante de mais de três décadas na Universidade Federal de Santa Catarina, a que tem dado notável contribuição, tanto na graduação, como na pós-graduação, inclusive como pró-reitor, coordenando importantes projetos, como o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em refrigeração e Termofisica”.

Álvaro Prata iniciou sua conferência mostrando que de todos os países do mundo(cerca de 200), apenas quatro são grandes em área, recursos e população – Estados Unidos, Rússia, China e Brasil. Ele citou características que colocam o Brasil numa posição de destaque frente aos outros países, como o bom solo, os recursos renováveis, o conhecimento científico e a criatividade da população. Porém, mostrou também que as desigualdades, a baixa educação científica e o baixo índice de inovação na indústria ainda são entraves para o crescimento da nação.

Prata frisou a importância da educação universitária para diminuir as fragilidades brasileiras e a necessidade de incentivar e investir nos cursos de ciência e tecnologia. “Hoje, no Brasil, de 100 estudantes que se formam apenas seis terminam cursos de engenharia, química, física ou biologia”, explicou.

Álvaro Prata destacou alguns desafios a superar, como a formação de pessoas focadas nas competências e habilidades empreendedoras, foco nas ciências naturais e nas áreas de tecnologia e preparação de “nossos jovens”. Mas deixou claro que cada cidadão/instituição deve fazer a sua parte. “Se cada um reduzisse a temperatura de seu banho, já estaria dando um grande passo para a sustentabilidade”, exemplificou o conferencista.

UFRN

O plano de gestão da UFRN prioriza o empreendedorismo e a inovação. Em 2011, o Núcleo de Inovação Tecnológica, responsável por divulgar e orientar sobre a importância da proteção intelectual, possuía 24 pedidos de registro de patentes e, em 2012, esse número mais que dobrou, chegando aos 50.

Como metas na área de pesquisa e inovação, a Universidade também vem investindo no Instituto Metrópole Digital (IMD). Hoje existem 13 empresas incubadas (frutos de projetos de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico), mas com a construção do novo prédio do Instituto, previsto para o segundo semestre desse ano, a quantidade poderá chegar a 60 empresas incubadas.

Ascom UFRN