Evento ocorreu na UFSCar e contou com palestras ministradas por professores e empresas da área de ciência de materiais
Na última semana aconteceu na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) o I Simpósio de Inovação Tecnológica, organizado pelo Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF). Reunindo cerca de 100 pessoas em torno de discussões sobre as perspectivas para a inovação no Brasil e no mundo, no evento foi possível conferir as novidades e os produtos desenvolvidos a partir da parceria entre o CDMF e empresas da área de ciência de materiais.
O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O Centro também recebe investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN), integrando uma rede de pesquisa entre a UFSCar, a a UNESP, a USP e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).
Na abertura do Simpósio, o reitor da UFSCar, Targino de Araújo Filho, ressaltou a importância de incentivar a comunidade acadêmica a compreender e valorizar estratégias entre a indústria e centros de pesquisa com fins de inovação tecnológica. “São Carlos é uma cidade que tem a característica da inovação. Discutir essa inovação é fundamental dentro da universidade”, apontou.
O diretor do CDMF, professor Elson Longo, também destacou a importância de estreitar os laços entre os centros de pesquisa e as empresas para o desenvolvimento tecnológico do país. “O país hoje depende muito do desempenho de universidades e empresas para gerar conhecimento em riqueza. O Simpósio de Inovação abre as portas para novas ideias e o fortalecimento dessa interação”, disse.
O professor Edson Leite, organizador do evento, pontuou ainda que é necessário estimular mais a participação dos alunos de graduação e pós-graduação em atividades relacionadas à inovação, inserindo os jovens pesquisadores no diálogo entre indústria e universidade. “É preciso tornar a inovação um tema corriqueiro na vida dos novos cientistas”, afirmou o professor.
Leite destacou também o apoio e parceria com a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI), que possibilitou a divulgação de uma iniciativa do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI): a plataforma iTec, disponível em www.plataformaitec.com.br, que consiste em um ambiente colaborativo em que empresas postam suas demandas e pesquisadores propõem soluções para estes problemas. Essa é uma das maneiras de estimular o diálogo entre a indústria e os centros de pesquisa.
A participação da indústria também foi bem ativa na programação do evento, que foi composta por uma série de palestras com grandes empresas da área de química e ciência de materiais, como a Dow Química, especializada na indústria química. Também expuseram seus cases pequenas e médias empresas, como a NANOX Tecnologia e a CSEM Brasil.
Ascom UFSCar