A Universidade Federal do Pará é a anfitriã da 6º Reunião do Colégio de Pró-Reitores de Graduação – COGRAD, órgão vinculado à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes. A programação foi aberta nesta quinta-feira, dia 29 de novembro, no auditório da Secretaria Geral dos Conselhos Superiores, no Campus Guamá, em Belém.
As reuniões do Cograd têm sempre como pauta discutir e avaliar a conjuntura nacional do ensino de graduação no sistema federal de educação superior. Especialmente nesse momento, torna-se importante discutir possíveis mudanças que se vislumbram no Ministério da Educação durante o próximo governo.
Uma pauta importante, que começou a ser discutida no primeiro dia, tratou das diretrizes curriculares para a política de extensão universitária. Contou com a participação da professora Ana Lívia de Souza Coimbra, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), coordenadora do Colégio de Pró-Reitores de Extensão da Andifes. Essas diretrizes foram aprovadas no último dia 27 de novembro, no Conselho Nacional de Educação, e aguardam a homologação para entrar em vigor. Com isso, todos os cursos de graduação terão prazo de três anos para apresentar em seus projetos pedagógicos a destinação de 10% da carga horária total dos cursos superiores para atividades de extensão, conforme estabelecido no Plano Nacional de Educação (PNE).
O coordenador nacional do COGRAD, João Braida, pró-reitor de graduação da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), considera que este é um momento de apreensão para os gestores das universidades, principalmente diante das restrições financeiras no ensino superior. “Ainda há muitas dúvidas sobre como fazer o registro dessas atividades de extensão e como será o financiamento dessas atividades, porque agora elas implicam em levar estudantes para fora do campus, muitas vezes para as comunidades, e isso tem um custo. Há também outros aspectos, de como computar isso na carga horária do professor. Portanto, têm muitas coisas a serem discutidas para que possamos efetivamente implantar essas diretrizes nos cursos de graduação”.
Para o Pró-reitor de Ensino de Graduação da UFPA, professor Edmar Costa, a mudança representa um grande desafio para qualquer instituição de ensino superior, mas especialmente desafiador para universidades como a UFPA, que possui mais de 40 mil alunos apenas em cursos de graduação. “Essa é uma discussão muito importante porque as diretrizes acabam de ser aprovadas e essa é a primeira discussão que envolve representantes do Fórum de Pró-reitores de Extensão com o Colégio de Pró-reitores de Graduação, que terão a missão de levar a efeito o que dizem essas diretrizes curriculares”, disse.
Programação – O Encontro do Colégio de Pró-Reitores de Graduação – COGRAD segue nesta sexta-feira, dia 30, com a apresentação do painel sobre Políticas de Ações Afirmativas, que incluem as experiências promovidas pela UFPA. A exposição será conduzida pelo Pró-reitor de Ensino de Graduação, Edmar Costa, e terá a participação do indígena Edimar Fernandes, da etnia Kaingang, que recentemente defendeu a sua tese de doutorado em Antropologia. Ele vai falar sobre a perspectiva do protagonista da ação afirmativa dentro dos programas que a UFPA possui.
Ainda na sexta, à tarde, ocorrerá a reunião das coordenações regionais, com a apresentação e discussão do planejamento das atividades para 2019. No sábado, dia 1º de dezembro, haverá a eleição e posse da nova coordenação do Colégio de Pró-Reitores de Graduação – COGRAD, para 2019.