Representantes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) participam nesta segunda-feira, dia 28, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), de reunião na qual se discutirão medidas de curto e longo prazo relativas ao rompimento da barragem de rejeitos de minério da Vale do Rio Doce, em Brumadinho (MG). Do encontro participarão, também, representantes das universidades Federal do Espírito Santo (Ufes) e de Ouro Preto (Ufop) e pesquisadores do Programa Participa UFMG Mariana-Rio Doce.
Da UFJF estarão presentes a pró-reitora de Extensão, Ana Lívia Coimbra, o pesquisador e professor do Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica, Bruno Milanez, e a pesquisadora e professora da Faculdade de Direito, Manoela Roland.
O Programa Participa UFMG Mariana-Rio Doce foi fundado após o crime ambiental ocorrido na cidade mineira de Mariana em 2015, quando uma barragem, também da Vale do Rio Doce, rompeu. Por meio dele, mais de 60 professores buscam ações de engajamento em diversas áreas.
A pró-reitora de extensão, Ana Lívia Coimbra, ressalta a importância desse encontro na UFMG mediante o cenário atual. “Nesse momento crítico é necessário a conjugação de esforços de pesquisadores, extensionistas de todas as universidades públicas mineiras para analisar esse contexto e pensar conjuntamente ações para minimizar os efeitos desse possível crime ambiental. Nesse sentido, nós estamos nos unindo à UFMG hoje em uma reunião para que a gente pense em como articular todos esses projetos que já existem após o crime ambiental ocorrido em Mariana. Para que a gente continue fazendo o trabalho que os pesquisadores fazem de alertar que Minas é um Estado de permanente ascensão por conta das relações estabelecidas entre essas mineradoras, o território, as comunidades e o próprio Governo.”
O pesquisador Bruno Milanez destaca a intenção da UFJF neste encontro. “É uma iniciativa que já surgiu em 2015, a partir do rompimento de fundão quando UFMG, Ufes e Ufop se reuniram para estabelecer uma força tarefa de ações imediatas. A Universidade pública, no seu papel, tenta apoiar as pessoas atingidas. É mais uma linha de assessoria e extensão, atendimento médico, garantias de direito e, imagino, pensar uma agenda de médio a curto prazo de pesquisa e intervenção. A proposta da nossa ida é colocar também a UFJF dentro desse esforço para entender como a nossa Universidade pode colaborar nesse trabalho.”
A professora Manoela Roland, aponta as contribuições levadas para o encontro. “Eu acho que nós estamos levando uma vontade de colaboração, inegavelmente, mas também o acúmulo de pesquisas que a gente já realizou no caso do Rio Doce identificando, inclusive, os pontos mais problemáticos que nós não gostaríamos que se repetisse agora, uma vez que a gente vai se envolver e viu que muitos pesquisadores de diversos centros de pesquisa, acabaram sendo coniventes com esse processo que favoreceu a própria empresa.”
Outras informações: (32)2102-3968 (Diretoria de Imagem Institucional-UFJF)