Estudantes de Farmácia apresentaram encenações, músicas e poesias
“Dá pra perceber que eles estão fazendo algo que gostam. Isso é bem legal, me faz querer entrar na universidade”. É com esta frase que o estudante Jhonatan Barros, da Escola de Referência em Ensino Médio Otacílio Nunes de Sousa, de Petrolina (PE) define as apresentações realizadas na sexta edição do Festival Farmacodrama. O evento aconteceu na manhã de ontem (7), na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), no auditório da biblioteca, Campus Sede, em Petrolina. O festival é voltado para estudantes do ensino médio e tem o objetivo de discutir, de maneira lúdica, temáticas voltadas para a educação em saúde.
O evento foi promovido pelo projeto de extensão “Farmácia para a comunidade: Compartilhando o conhecimento através do Festival Farmacodrama e da Feira Expofarma” e contou com o apoio do Centro Acadêmico de Farmácia (CAF) e do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) da Univasf. Os estudantes do 1ª e 2ª semestres de Farmácia realizaram uma série de apresentações para duas turmas de 1º ano do ensino médio da Escola Otacílio Nunes de Souza, abordando temas relacionados a Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), uso de drogas, e gravidez na adolescência. Para tornar o momento mais descontraído, as temáticas foram apresentadas por meio de encenações, músicas e poesias.
Segundo o coordenador do projeto, professor Braz José do Nascimento Júnior, a proposta da iniciativa é abordar temas na área da saúde de maneira que cative os estudantes. “O Farmacodrama tem uma proposta de aplicar o cordel, a música e o teatro, juntamente com o psicodrama pedagógico, através de temas da área da saúde e ciências biológicas”, conta ele.
Nesta edição, os estudantes também levaram para o Festival um jogo de tabuleiro inclusivo, fazendo com que, por um momento, os participantes sentissem as dificuldades que as pessoas com deficiência têm ao praticar jogos de uma forma geral.
A professora do Colegiado de Farmácia Deuzilane Nunes explica que o jogo ainda está em fase de testes. “Os estudantes criaram jogos interativos e fizeram de forma mais adaptável. Estamos testando esses jogos com a população, com total inclusão, e vamos aperfeiçoar mais ainda”, relata. O jogo de tabuleiro inclusivo contou com a participação do revisor de texto em Braille do NAI Milton Carvalho, que contribuiu para aprimorá-lo e acompanhou sua realização durante o evento.
Deuzilane diz que, com o festival, os graduandos conseguem compreender melhor os assuntos abordados em sala. “Dessa forma, a gente consegue potencializar o aprendizado dos nossos estudantes, e não ficar decorando através das leituras, e sim inserindo isso numa história bem mais atrativa”, afirma.
O estudante do 2° período de Farmácia, Bruno Coelho, explica a importância da dinâmica ao abordar assuntos relevantes para a sociedade. “O mais importante é levar temas que a sociedade realmente precise saber, com uma linguagem mais simples e bem mais acessível, principalmente com o público juvenil, por estarmos tratando de temas pertinentes que são recorrentes na adolescência”, finaliza ele.