O ex-presidente da Andifes e ex-reitor da UFPE Amaro Henrique Pessoa Lins, do Departamento de Engenharia Civil do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), recebeu o título de Professor Emérito da Universidade Federal de Pernambuco no dia 8 deste mês. A proposta de concessão do título de Professor Emérito a Amaro Henrique Pessoa Lins foi apresentada pelo reitor Anísio Brasileiro ao Conselho Universitário (Consuni) da UFPE em reunião realizada ontem (30) e aprovada pelos conselheiros.
Ele foi reitor da Universidade de 2003 a 2011 (quando foram implantados os campi de Vitória e de Caruaru), tendo sido presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), no período de 2008-2009. Ao término do seu segundo mandato como reitor, ele assumiu a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC), de 2012 a 2013.
Amaro Henrique Pessoa Lins possui graduação em Engenharia Civil pela UFPE (1977), mestrado em Engenharia Civil pela UFRJ (1980), doutorado em Engenharia Civil pela UFRJ com período sanduíche na University of Oxford/Inglaterra (1991) e pós-doutorado em Engenharia Civil pela University of Colorado/Estados Unidos (2002). Ingressou como docente da UFPE, em 1978, tendo se aposentado em 2017.
Em sua trajetória, após a conclusão do mestrado, em 1980, engajou-se em atividades de ensino de graduação e serviços técnicos na área de Geotecnia da Engenharia Civil por meio do Laboratório de Solos e Instrumentação da UFPE, de 1980 a 1987. Neste período, foi consultor e membro da coordenação técnica de diversos estudos de importantes problemas práticos da Engenharia Geotécnica no Recife e na Região Nordeste, a exemplo do projeto, instalação e acompanhamento de instrumentação em diversas barragens; e do estudo de utilização de materiais não convencionais na construção de barragens no Nordeste. Participou ainda de estudos sobre a carta geotécnica de Olinda (Grande Recife).
As pesquisas sobre deslizamentos dos morros do Recife permitiram desenvolver soluções de prevenção e correção de acidentes que reduziram perdas de vidas. Os estudos sobre solo-cimento criaram uma nova cultura de emprego desses materiais em habitações populares. E os estudos sobre solos não saturados ajudaram a desvendar aspectos desconhecidos dos solos das encostas em regiões semiáridas, em obras de aterros etc.
Após a realização do doutorado, no período de 1987 a 1991, participou ativamente da criação do mestrado em Engenharia Civil da UFPE, na área de Geotecnia, tendo sido vice-coordenador do curso, de 1992 a 1994, e coordenador, no período de 1994 a 1996.
Foi diretor do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) durante dois mandatos, de 1996 a 2003. Durante a sua gestão, foram implementadas, em parceria com a Finep, diversas ações do Programa de Desenvolvimento das Engenharias (Prodenge), mediante seu subprograma Reenge, voltado às inovações metodológicas no ensino de Engenharia.
INTERIORIZAÇÃO – Amaro Lins foi reitor da UFPE por dois mandatos, no período de 2003 a 2011. Durante o seu reitorado, foi promovida a interiorização da UFPE com a criação do Centro Acadêmico de Vitória (CAV), no município de Vitória de Santo Antão, e do Centro Acadêmico do Agreste (CAA), em Caruaru. Além disso, foram promovidas mudanças gerenciais estratégicas na Universidade como a criação da Pró-Reitoria de Gestão Administrativa (Progest).
Em sua gestão, o Campus Recife foi ampliado, com 18 novos cursos e acréscimo de mais de 1.400 vagas, por meio do Programa Reuni do Governo Federal. Já em seu segundo mandato, inaugurou, no Recife, o novo Restaurante Universitário (RU). Também foi responsável por importantes parcerias de pesquisa entre UFPE e a Petrobras.
Ainda em seu reitorado, foi presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes (2008-2009). Ao término do seu segundo mandato como reitor, ele assumiu a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC), de 2012 a 2013. Foi também coordenador-geral da Representação Nordeste do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).