Andifes oferece bolsa auxílio para intercâmbio dentro do Brasil

RIO – A busca por intercâmbios vem crescendo entre os brasileiros. Mas muitos estudantes não dispõem de recursos financeiros para arcar com uma viagem internacional ou não querem ficar tanto tempo longe de casa. Uma oportunidade é o programa de intercâmbio interno, criado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Os interessados trocam de instituição por um período de seis meses a um ano, dentro do Brasil mesmo. Os participantes recebem uma bolsa de estudos e apoio das federais, que permitem a condição de voltar à instituição de origem para se formar.

Segundo o João Luiz Martins, presidente da Andifes e reitor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) o objetivo principal do programa é permitir aos estudantes uma formação mais integral e plural

“Com certeza essa mobilidade será um diferencial na formação do estudante (Luiz Martins)”

– É muito importante para os universitários passarem por experiências em diferentes locais. Com certeza essa mobilidade será um diferencial na formação do estudante. O aluno deve experimentar outra realidade que permita a ele fortalecer a formação profissional e cidadã a partir do seu envolvimento com outra matriz curricular e com outro ambiente acadêmico. Assim ele terá outra compreensão da realidade brasileira – diz.

Por meio de uma parceria com o Banco Santander, que financia o projeto, por ano são oferecidas 320 bolsas, no valor de R$ 2,5mil (cinco parcelas de R$ 500). Para se candidatar, o interessado deve ter concluído todas as disciplinas previstas para o primeiro ano ou os 1º e 2º semestres letivos do curso na instituição de origem. Só pode ter uma reprovação por período letivo (ano ou semestre). O interessado precisa apresentar à própria universidade uma lista das disciplinas que pretende cursar na instituição parceira. Ninguém pode passar mais de um ano no programa.

Quem participa do programa garante que essa temporada fora da própria instituição faz muita diferença. Bruno Brauer, deixou o Rio Grande do Sul, onde cursa Oceoanografia, para estudar na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

– A adaptação à cidade não foi tão fácil, principalmente pela personalidade fechada dos curitibanos e pelo clima frio. Voltei para minha cidade com a cabeça mais aberta tanto no aspecto acadêmico quanto na convivência estudantil. Isso me fez começar a ver novas oportunidades que antes não vislumbrava – explica.

De acordo com a Andifes, não existe um balanço do número de alunos enviados e recebidos por todas instituições conveniadas. No entanto, um levantamento informal da entidade, realizado de abril de 2003 a abril de 2010, mostra que 41 das 59 federais enviaram para outros estados 1.164 estudantes e receberam 896 pelo programa. No semestre passado, essas instituições enviaram 165 alunos e acolheram 139. Das 59 filiadas à Andifes, 41 responderam ao questionário, 18 não se manifestaram e quatro não enviaram nem receberam alunos no período.

Como se inscrever:
– Verifique se a universidade que você pretende cursar a mobilidade consta da listagem das participantes do programa.

– Depois, confirme no site da instituição pretendida qual é o prazo para solicitar matrícula em mobilidade e quais os documentos necessários.

– De posse dessas informações, o aluno deverá elaborar uma carta de apresentação ao coordenador do curso na UnB, solicitando a mobilidade e expondo os motivos pelos quais deseja cursar o intercâmbio.

– O estudante deverá ter em mãos as ementas das disciplinas que pretende cursar na instituição de destino e entregá-las ao seu coordenador, para que ele elabore a Declaração de Equivalência. Com o ofício, são necessários os seguintes documentos:

– Histórico escolar;

– Cópia do RG e do CPF;

– Fluxograma do curso;

– Documentos exigidos pela outra federal.