Andifes pede continuidade das negociações entre MEC e grevistas

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) enviou ao Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, um ofício solicitando a continuidade das negociações com as entidades representativas das categorias em greve nas Universidades Federais. O assunto também foi discutido ontem (18), na Câmara dos Deputados, em reunião da Frente Parlamentar Mista Pela Valorização das Universidades Federais, com representantes da Federação de Sindicato de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Pública do Brasil (Fasubra) e da Andifes.

As duas ações da Associação em relação às paralisações foram no sentido de que as negociações ocorram com efetividade. No documento enviado ao Ministro, a Andifes argumenta que as paralisações trazem prejuízos ao funcionamento regular destas instituições, e quanto mais cedo os movimentos grevistas forem encerrados, melhor para as universidades, para o Ministério da Educação (MEC) e para o interesse público.

O pedido de intervenção da Andifes, para auxiliar na retomada da interlocução entre MEC e sindicatos, foi feito por representantes das três das categorias de técnico-administrativos e docentes, quando recebidos na semana passada pelo Conselho Pleno dos reitores. A necessidade de continuidade das negociações foi reafirmada ontem na reunião da Frente Parlamentar, que contou com a participação do comando de greve da Fasubra, das deputadas Margarida Salomão, Moema Gramacho, deputado Paulo Pimenta e da senadora Fátima Bezerra.

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A deputada Margarida Salomão, como presidente da Frente, assumiu o compromisso de iniciar um diálogo com o Governo. Na reunião da Frente também ficou definido que será solicitada uma audiência com o Ministro Renato Janine e articuladas duas audiências públicas, uma no Senado e outra na Câmara dos Deputados, para discutir a pauta legislativa, das Universidades Federais, de interesse dos docentes e técnicos.

A Andifes estava representada pelo secretário executivo, Gustavo Balduino, que informou aos participantes sobre o envio do ofício ao Ministro e falou a respeito da suspensão do registro dos alunos aprovados no Sisu. Segundo o secretário, os reitores vão despender todos os esforços para realização das matrículas e têm a certeza da compreensão dos trabalhadores das universidades, já que essa atividade atende aos interesses da sociedade, jovens brasileiros e é uma atividade essencial. “A greve não pode ser contra a sociedade, em especial aos jovens que estão ingressando nas Universidades Federais. Eles devem ser recebidos de braços abertos”, disse Balduino.