O novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Clelio Campolina Diniz, participou da reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), realizada em Brasília (16). Na conversa com os reitores o ministro anunciou a liberação de 70 milhões do Proinfra para as Universidades Federais e informou que o Ministério estuda mudanças em editais de financiamento para viabilizar a modernização e ampliação da infraestrutura e serviços de apoio à pesquisa.

Clelio Campolina foi recebido pelos reitores um mês após o término de seu mandato como reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e imediata posse como ministro. À vontade diante do colegiado ele falou sobre os projetos que comandará no MCTI e destacou que tem a missão, a pedido da presidente Dilma Rousseff, de construir um novo plano para ciência e tecnologia. “Vamos resolver o passado, mas temos que olhar para frente. Buscar o domínio tecnológico e transformarmos a estrutura produtiva. Para isso dialogaremos com toda comunidade científica, e queremos a participação das universidades neste processo para termos legitimidade”, disse Campolina.

O ministro informou que ainda esta semana será liberado R$ 70 bilhões, que estão atrasado do Proinfra e que paralelo a isso, a Finep está fazendo um levantamento da situação dos projetos pendentes em cada universidade, e que posteriormente os reitores serão informado desse diagnóstico. Campolina explicou que houve problemas com o financiamento oriundo do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), em virtude de sua destinação para o programa Ciência Sem Fronteiras, mas que o MCTI e o Ministério da Educação (MEC) estudam melhorar os editais de financiamento.

“No final deste semestre queremos lançar um novo Proinfra, construído em parceria com o MEC, que viabilize melhorias de infraestrutura de pesquisa, principalmente o financiamento de equipamentos de uso compartilhado. Além disso vamos abrir o edital universal e relançarmos a chamada pública do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT)”, anunciou Clelio Campolina. Ao término da reunião o ministro atendeu, de forma particular vários, reitores.

Frente Parlamentar

Ainda na reunião mensal do colegiado da Andifes, esteve presente a deputada Margarida Salomão (PT-MG) para apresentar a Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Federais, que cria um campo de discussão dentro do Congresso para propor políticas públicas que busquem melhorias na qualidade do ensino superior público. Para a deputada é necessário rediscutir as universidades após as mudanças dos últimos anos de expansão, traçar diretrizes para sua internacionalização e debater acesso e permanência dos estudantes.

Margarida Salomão aproveitou para conversar com os reitores sobre os projetos para educação que tramitam no Congresso, como o Plano Nacional de Educação (PNE), Código de Ciência e Tecnologia, RDC, Insaes e a PEC 290, que atualiza o tratamento das atividades de ciência, tecnologia e inovação. A deputada também se colocou à disposição para apoiar o projeto de Lei Orgânica das Universidades Federais, cujo texto está a sendo trabalhado na Andifes. “Acompanho essa luta desde que, como reitora, fiz parte da Associação, e acredito que esse será o momento certo de aprovamos essa legislação tão importante para nossas instituições”, disse Margarida.

Outro tema discutido foi a Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos (REVALIDA), com a participação da diretora Claudia Maffini Griboski (DAES/INEP) e feita uma apresentação, pelo vice-reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Henry de Holanda Campos, sobre a expansão do ensino médico e os novos desafios para a academia e estudantes de medicina.  Representante da Fasubra, mais uma vez, foram recebidos pelos dirigentes, para falar sobre o andamento das greve dos técnico-administrativo.