Andifes recebe proposta do novo modelo de processo seletivo

A Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) recebeu ontem, dia 30 de março, do Ministério da Educação (MEC), o documento com proposta de modificação nos vestibulares, apresentada verbalmente à direção da entidade pelo ministro Fernando Haddad em reunião no dia 25 de março. O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) Reynaldo Fernandes elaborou a proposta, que consiste na unificação dos vestibulares das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), que seriam substituídos por um modelo reformulado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A Andifes encaminhou o documento para conhecimento das Ifes e marcou reunião do Conselho Pleno para os dias 6 e 7 de abril, quando será iniciada a discussão a respeito do tema. A Associação ainda deve realizar um seminário com técnicos e especialistas das universidades e estudiosos do tema para subsidiar a avaliação do novo modelo de processo seletivo. O ministro da Educação, Fernando Haddad, e a equipe do MEC serão convidados a participar da reunião da Andifes na próxima semana, afim de apresentarem a ideia para o conjunto de reitores e sanar possíveis dúvidas surgidas em torno da proposta.

A reformulação do modelo de acesso às universidades federais é um debate permanente nas Ifes. Os atuais modelos, por exemplo, são frutos de aprimoramentos realizados ao longo dos anos pelas universidades. Por este motivo, trata-se de um tema de interesse da Andifes, que por meio de debates, consultas e troca de experiências fará uma avaliação da proposta enviada pelo MEC.

A Andifes entende como positivo o reconhecimento do Ministério da Educação de que propostas externas às Ifes devem ser incorporadas por adesão e decisões autônomas dessas instituições. Entende ainda que este tema, por envolver, de forma direta, toda a sociedade, deve ser estudado com responsabilidade, devido ao tamanho impacto causado em cerca de um milhão de jovens e suas famílias, que pleiteam anualmente uma das 227 mil vagas nas 55 universidades federais do país. Deste modo, as famílias são vistas como parceiras no debate, que visa a melhoria dos processos seletivos das universidades federais.

Confira a íntegra da proposta.

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