Andifes se reúne com Ministro da Ciência e Tecnologia

A diretoria executiva da Andifes se reuniu nessa terça-feira, 1 de fevereiro, com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, para tratar aspectos relacionados as parcerias do MCT com as universidades federais em ciência, tecnologia e inovação.

No encontro, o presidente da Andifes, reitor Edward Madureira Brasil, ressaltou que as universidades federais tiveram uma grande expansão com o Reuni, o que possibilitou a contratação de mais de 10 mil professores, quase todos doutores. “A expansão, além de vagas na graduação, gerou um potencial de pesquisa e inovação. Podemos fazer muito mais. As universidades federais têm muito que dizer. Nós temos pesquisas que podem ser soluções para problemas que o país apresenta e que, no entanto não tem sido aproveitada pela sociedade”, disse Edward.

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Alvaro Prata, lembrou que as universidades, pela limitação da autonomia, têm dificuldades para cumprir o seu papel: “o grande dilema que as universidades de pesquisa têm é avançar naquilo que é novo, que ainda não foi investigado”, afirma o reitor. Além disso, acrescentou que há dificuldade em contratar pesquisadores estrangeiros de renome “precisamos de um pouco mais de liberdade”.

Em resposta as questões apresentadas pelos reitores, o ministro Aloizio Mercadante concordou que para ter mais qualidade no ensino é necessária mais capacidade de pesquisa, de pensar em desenvolvimento regional, atrair laboratórios, parceiros e indústrias com PeD. “É fundamental consolidarmos o sistema nacional de pós graduação, interiorizar o desenvolvimento do Brasil e diminuir as assimetrias regionais”.

Em relação às demandas das universidades federais, disse que no que for possível, irá contribuir para melhorar as regras administrativas e repactuar a relação do estado brasileiro com a ciência, com o conhecimento e com a docência.

Mercadante disse que o Brasil, em se tratando de exportações e importações para a pesquisa, foi um país que no ano passado mais aumentou o seu volume: “Em exportações, foi 33% e nas importações 46%. Só no CNPq o gasto com as importações para pesquisa foi mais de 600 milhões de dólares. Temos um resultado significativo em termos de volume, mas no entanto, temos procedimentos complexos que ainda dificultam às importações”, admite o ministro.

O ministro também afirmou que já está tratando com a Receita Federal e outros órgãos do governo para estabelecer novos procedimentos que facilitem a importação e a vida dos pesquisadores.

Sobre as universidades disse concordar planamente com a autonomia e acrescentou que a pesquisa tem que ser a mais livre possível. “Somos o 13° país do ranking de pesquisa internacional e estamos crescendo na produção científica cinco vezes mais que a média internacional. Não se tem qualidade de ensino se não tivermos pesquisa”, informa Mercadante.

Mercadante se colocou a disposição para ajudar a Andifes a encaminhar os pleitos das universidades, em relação à ciência e tecnologia, dentro do governo e no parlamento.

O ministro propôs também destacar um representante do MCT para acompanhar as reuniões da Andifes, bem como estabelecer uma rotina de audiências com a entidade.

O presidente da Andifes entregou ao ministro os relatórios sobre o Reuni, que apresenta os resultados parciais da expansão nas universidades federais, e de Educação a Distância, elaborados pela Associação. O relatório de EAD mostra um conjunto de cursos, pólos e de alunos matriculados, indicando o grande potencial dessa modalidade de ensino.

Estiveram presentes o presidente da Andifes reitor Edward Madureira Brasil (UFG), reitor João Luiz Martins (Ufop), reitor Alvaro Toubes Prata (UFSC), reitor Josué Modesto dos Passos Subrinho (UFS), reitor Targino de Araújo Filho (UFSCar), reitor José Ivonildo do Rego (UFRN), pró-reitor Hélio Hey Leães (Copropi / UFSM) e Gustavo Balduino (secretário executivo da Andifes). Do MCT, Luiz Antônio Elias (secretário executivo) e o professor Antônio Ibañez.