Aulas são retomadas na Ufop e calendário de reposição vai até março

Professores começam a retornar ao trabalho nesta terça-feira (13). Categoria não aceitou proposta do governo e cobra reajuste mais alto

O segundo semestre letivo teve início nesta terça-feira (13) na Universidade Federal de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais. As aulas deveriam ter começado em 3 de agosto, mas foram adiadas por causa da greve dos professores e dos servidores-técnico administrativos. O novo calendário prevê reposição até março de 2016.

O retorno às aulas ocorre também em outras instituições federais em todo o país. Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a greve durou 139 dias e afetou “cerca de 50 instituições federais de ensino”, entre universidades e institutos.

Em um comunicado divulgado neste domingo (11), o Andes afirmou que reduziu sua reivindicação de reajuste salarial de 27,3% para 19,7%, além de uma reestruturação do plano de carreira docente. O governo ofereceu reajuste de 5,5% para agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017.

Segundo o sindicato, apesar da decisão de encerrar a greve, os docentes e técnicos não aceitaram a proposta e comandos de mobilização vão seguir reivindicando um aumento salarial mais alto. Os servidores ainda exigiam valorização salarial e melhores condições de trabalho.

A greve dos professores foi encerrada no dia 15 de setembro, de acordo com a Associação dos Docentes da Ufop (Adufop). Já os servidores técnico-administrativos suspenderam a paralisação no dia 24 de setembro e definiram o retorno ao trabalho para o último dia 8.

Segundo a universidade, o retorno às aulas foi marcado após a realização de procedimentos de matrículas pendentes. O ingresso do primeiro semestre letivo de 2016 também foi alterado e será em abril. Consulte o calendário acadêmico da UFOP

A partir deste mês, a universidade deve adotar medidas anunciadas para enfrentar a redução orçamentária. Em setembro, a instituição informou que faria um corte de 15% no quadro de funcionários terceirizados, o que deve resultar em 90 demissões, e que aumentaria os preços no restaurante universitário.

Área administrativa da Ufop

Os servidores técnico-administrativos da Ufop retornaram ao trabalho na última quinta-feira (8). A categoria também não aceitou a proposta do governo federal. “A proposta apresentada (aumento salarial de 5.5% em agosto de 2016, e mais 5% em 2017) não atende, sequer, as perdas sofridas pela categoria ao longo dos anos”, informou a nota do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Ufop (Assufop). As reivindicações da categoria incluem reajuste salarial de 27,3%, fim dos cortes no orçamento da educação, abertura de concurso e extinção da terceirização no serviço público.

Calendário da UFMG e Cefet

Os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), em Belo Horizonte, não entraram em greve. Contudo, de acordo com as instituições, o início do ano semestre letivo foi atrasado em razão da paralisação dos servidores técnico-administrativos.

No caso da UFMG, as aulas tiveram início em 24 de agosto, quando o previsto era dia 3. Um novo calendário já foi fechado e o encerramento do semestre letivo foi adiado para 22 de dezembro, de acordo com a assessoria da instituição. No Cefet, é discutido um ajuste no calendário para compensar o atraso, que foi de uma semana, segundo Flávio Santos, que assume a direção-geral nesta terça-feira (13).

Os servidores da área administrativa retornaram ao trabalho no dia 8 deste mês.

G1