Colégio Pedro II resolve inovar e oferece curso de mestrado

Instituição, de 175 anos, tem ainda residência para docentes de escolas públicas

 

RIO – Fundado em 1837, no período regencial brasileiro, o Colégio Pedro II foi criado para ser um modelo para a educação pública na época do Império. Desde então, a escola se consolidou como uma das poucas ilhas de excelência na rede pública. Agora, quando a instituição completa 175 anos, a diretoria busca reafirmar seu papel de indutor de melhorias no ensino básico do Rio por meio de dois projetos: o Programa de Residência Docente (PRD), já em andamento, e o Mestrado Profissional em Práticas Educativas da Educação Básica, cujo edital será publicado em breve. O objetivo é romper os muros e grades das 14 unidades do Pedro II e disseminar as experiências de ensino do colégio.

 

A ideia é fazer do PRD um projeto-piloto. Se funcionar bem, a iniciativa se espalhará por outras instituições públicas de excelência. As duas iniciativas têm por meta principal a formação continuada de professores das escolas municipais e estaduais. Os programas nasceram de um desafio lançado pelo Ministério da Educação (MEC): o que o Colégio Pedro II pode fazer para melhorar a educação pública?

 

— São 940 professores no colégio, sendo que cerca de cem deles têm doutorado, e 500 têm mestrado. Os outros têm, em sua grande maioria, pelo menos uma especialização. Por esse motivo, o então ministro Fernando Haddad ficou interessado no nosso potencial. Foi pedido à direção que apresentasse projetos, e surgiram o mestrado profissional e o programa de residência docente — explica a diretora de pós-graduação e pesquisa do Pedro II, Neide Parracho Sant’Anna.

 

O Mestrado Profissional em Práticas Educativas da Educação Básica começou a ser gestado em 2010 e recebeu autorização definitiva da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no início deste ano. O edital está sendo finalizado. O objetivo desse programa — que tem como público-alvo professores atuantes na educação básica — é melhorar os resultados obtidos pelos futuros mestres em sala de aula.

 

O mestrado terá duração de dois anos, e os alunos defenderão uma dissertação ao final do curso. A carga horária será de 360 horas divididas em três disciplinas obrigatórias, três eletivas, uma específica para área de atuação, oficinas e seminários de orientação. Segundo o professor Francisco Roberto Mattos, que participou da elaboração do curso, o foco será no trabalho dos professores:

 

— Pesquisamos sobre os programas que já existiam e pensamos no que poderíamos oferecer de diferente. Há vários mestrados nas universidades que se preocupam com teorias da educação. Aqui, vamos dialogar com a teoria, mas nos concentraremos na prática docente.

 

Já as atividades do Programa de Residência Docente começaram em maio. Cerca de 60 professores da rede estadual e de municípios do Estado do Rio passarão nove meses nas unidades do Pedro II, supervisionados por um orientador. Durante este período, eles participarão de oficinas com professores e coordenadores da escola e reuniões de planejamento. Além disso, os “alunos” do PRD também darão aulas junto com os docentes. A carga horária é de 360 horas na escola. Outras 140 horas deverão ser utilizadas na unidade de origem do participante. Os professores atuarão como multiplicadores, compartilhando o que aprenderem com seus colegas.

 

— No programa, o professor não será um estagiário. Ele vai observar e participar dos nossos projetos e terá oficinas com os coordenadores de cada área. Eles não levarão o Pedro II para as suas salas de aula. A partir do que viverem aqui, eles refletirão sobre melhorias em seu trabalho — explica a professora Flávia Amparo, também envolvida no projeto.

A experiência dos professores do Pedro II que comandam o PRD é exaltada pelos participantes de outras escolas.

 

— Eles estão no programa, mas também estão em sala de aula. Temos o mesmo ponto de vista prático. Já ouvi muita coisa sobre o que precisa ser feito para melhorar, mas não via como aplicar isso na realidade da minha escola — conta o professor de história Roberto Carlos Ferraz, do Colégio Estadual Conselheiro Macedo Soares, em Niterói.

 

Marcus Vinicius Peres, que dá aula no Colégio Estadual Antônio Prado Júnior, na Tijuca, exalta o aprendizado:

— É um privilégio estar com professores qualificados, numa instituição de excelência. Cabe a nós absorver as experiências e levar para nossa sala de aula.

 

Iniciativa poderá ser estendida a outros estados

Carmem Moreira de Castro Neves, diretora de Formação de Professores da Educação Básica da Capes, diz que a iniciativa pode ser ampliada para outros estados.

— O princípio é o mesmo da residência médica: aprender e inovar com quem está fazendo. Dando certo no Pedro II, poderemos lançar um edital nacional chamando outros colégios públicos de referência. Compartilhar experiências é uma responsabilidade das escolas que têm um bom desempenho.

 

Superintendente de Desenvolvimento de Pessoas da Secretaria estadual de Educação, Antoine Lousao defende a ampliação do projeto.

— Essa experiência cria uma ponte que nos permite disseminar essas experiências. Queremos que a parceria cresça.

 

 

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