Comissão aprova conversão de trabalho voluntário em créditos para cursos de graduação

Trabalho voluntário poderá contar créditos em cursos de graduação. A medida está prevista no projeto de lei (PL 3963/08) do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.

Pela proposta, o tempo dedicado ao trabalho voluntário realizado em instituições de assistência educacional e social será convertido em créditos para integralização de currículos em cursos de graduação de ensino superior.

O texto aprovado na Comissão de Seguridade é uma fusão de propostas semelhantes que tramitam em conjunto com o projeto do deputado Valdir Colatto.

Ao apresentar o seu substitutivo, a relatora na Comissão, deputada Leandre (PV-PR), destacou que, em 2010, existiam mais de cento e quarenta milhões de voluntários em todo o mundo atuando em áreas estratégicas para superação da pobreza e estímulo ao desenvolvimento. Os dados constam de pesquisa realizada em 2011 pela universidade americana John Hopkins, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e o Programa de Voluntários das Nações Unidas.

Segundo a relatora, a experiência do trabalho voluntário “poderá reforçar a noção de solidariedade social nos futuros profissionais, permitindo a eles perceberem que o bom resultado da ação coletiva dependerá, em grande medida, de esforços que ultrapassem os interesses individuais”.

 

Realidade

Autor do projeto, o deputado Valdir Colatto observou que as universidades brasileiras estão distantes da realidade do dia a dia e a proposta, segundo avalia, pode ajudar o aluno a levar sua experiência para a vida acadêmica.

“Ele está fazendo um trabalho mas, ao mesmo tempo, ele está vendo a realidade e essa realidade ele pode levar para dentro da escola para, realmente, contribuir para a boa formação dele e até a perseverança de continuar ou não no curso que ele está fazendo”, destacou o autor.

 

Tramitação

A proposta está sendo apreciada em caráter conclusivo pelas comissões e será analisada agora pelas comissões de Educação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Idhelene Macedo – Agência Câmara Notícias