Crescem matrículas em cursos técnicos no país

DE SÃO PAULO
Com a escassez de mão de obra especializada no país, os cursos técnicos se tornaram aliados das empresas.

O número de matrículas em cursos profissionalizantes cresceu 74,9% de 2002 a 2010 chegando a 1,14 milhão, segundo o MEC (Ministério da Educação).

Boa parte das vagas foram criadas por demanda das companhias, dizem especialistas ouvidos pela Folha.

A modalidade ganha mais força nesta semana: a presidente Dilma Rousseff deve lançar o Pronatec (Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica), para ampliar o acesso ao estudo técnico.

O projeto visa à ampliação de bolsas de estudo e vincula o uso do seguro-desemprego a matrículas. A expectativa é que vigore até o fim do ano.

“Hoje 75% dos alunos conseguem emprego até o final do curso”, afirma Eliezer Pacheco, secretário de educação profissional do MEC.

A operadora Rita de Cássia Marcelo, 30, fez curso técnico em colheita mecanizada há três anos por iniciativa da empresa em que trabalha, a ETH Bionergia (etanol). “Agora produzo mais em menos tempo”, assegura ela.

Éberton da Silva, 30, concorda. Encarregado da área de produção de embalagem do Grupo Orsa (celulose), cursou técnico em celulose e papel. “É um diferencial.”