Ministro da Educação anuncia que Ciência Sem Fronteiras vai oferecer bolsas de mestrado profissional a partir de novembro. Programa prevê conceder 101 mil bolsas de graduação e pós-graduação no exterior até 2015

BRASÍLIA – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta quinta-feira que empresas privadas parceiras do governo federal no Programa Ciência Sem Fronteira não estão cumprindo a promessa de conceder bolsas na proporção acertada. Mercadante não citou o nome de nenhuma empresa ou entidade, mas afirmou que o assunto será tratado no comitê que gerencia o programa. Segundo ele, o governo já concedeu 53 mil bolsas desde 2011, quando o programa foi lançado e ao setor privado já caberia ter bancado de 12 a 13 mil bolsas, o que não ocorreu.

– Está bem abaixo deste número – disse o ministro.

O Programa Ciência Sem Fronteira prevê conceder 101 mil bolsas de graduação e pós-graduação no exterior até 2015, das quais 26 mil bancadas pelo setor privado e 75 mil pelo governo federal.

Mestrado profissional

Ele falou sobre o tema ao anunciar a oferta de 1 mil bolsas de uma nova modalidade do programa: o mestrado profissional. O edital deverá ser lançado em novembro e prevê a concessão de 1 mil bolsas nos Estados Unidos. As áreas são: engenharias e demais áreas tecnológicas, computação e tecnologia da informação, tecnologia aéreo espacial, petróleo, gás e carvão mineral, energia, biotecnologia, nanotecnologia e novos materiais.

– O mestrado profissional era uma das demandas do setor produtivo – disse Mercadante.

Ele tem a expectativa que essa nova modalidade estimule empresas e bancos privados a conceder bolsas para o programas no ritmo esperado.

Com relação à queda da Universidade de São Paulo no ranking internacional Times Higher Education, em que a USP deixou de figurar entre as 200 melhores instituições do mundo, Mercadante disse que o problema não é de ordem acadêmica, mas decorrente de um novo critério adotado.

DEMÉTRIO WEBER – O Globo