Decisão sobre proposta para docentes universitários é adiada

Na tarde desta quinta-feira dirigentes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e do Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) se reuniram com o governo para decidir sobre a proposta anunciada pelo governo no último dia 19. Contudo, de acordo com o Andes, o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, informou que ambas as entidades entenderam errado a proposta limite do governo. Em função do desentendimento, nova reunião acontecerá nesta sexta-feira, às 14 horas.Segundo informações do Andes, a fala do representante do Ministério do Planejamento causou revolta e indignação entre os presentes.

A presidente do sindicato, Marina Barbosa, informou que os docentes haviam tomado conhecimento do documento encaminhado na terça-feira pela Secretaria de Educação Superior do MEC, no qual a proposta do governo compreendia a aplicação dos 4% sobre o vencimento básico (VB), com a incorporação da gratificação.Este texto difere do acordado na mesa, de que a o percentual incidiria sobre o total da remuneração dos docentes, ou seja, o VB (com a incorporação da gratificação), mais a Retribuição por Titulação (RT). Marina disse que entrou em contato com o Secretário da Sesu, Luiz Claudio Costa, o qual admitiu o erro no documento do MEC e confirmou que a proposta apresentada na mesa pelo governo, no dia 19 de agosto, se aplicava a renumeração total dos professores. Os dirigentes do Proifes também tiveram ciência do documento e, ao questionarem Costa a respeito, obtiveram a mesma resposta dada ao Andes.Os presentes questionaram se Paiva estava sugerindo que inclusive o representante do MEC havia compreendido a proposta de forma equivocada.

A princípio, Paiva foi evasivo, mas respondeu que, caso os professores desejassem, poderia solicitar a decupagem das gravações das reuniões – o que foi aceito -, mas ele recuou.A decisãoMesmo com a confusão inicial, Marina disse que seria possível ter um encaminhamento sem ser necessário esperar a gravação, uma vez que todos os presentes tinham clareza do que foi posto na última reunião (no dia 19) e uma vez que as duas entidades e o MEC tiveram o mesmo entendimento da questão. Contudo, Paiva disse que não teria como entrar em contato com os outros setores do governo em tempo de dar uma resposta conclusiva aos docentes nesta quinta-feira.Os professores afirmaram que a postura do governo colocava em risco a credibilidade das negociações, uma vez que as deliberações das assembleias foram tiradas em cima do discutido na reunião de sexta-feira.