Destruir a universidade

A Universidade de São Paulo está em greve desde o fim de maio. Se lembrarmos que no final do ano passado ela também estava em greve, chegaremos a duas longas greves em menos de um ano. Ou seja, vivemos em situação constante de crise.

Além de formar 92 mil alunos, a USP representa 25% de toda a pesquisa produzida pelo Brasil. Como sabemos que não há desenvolvimento sem criatividade e tecnologia, não haverá futuro para o Brasil sem passar pela discussão aprofundada sobre qual o destino de sua principal universidade e centro de pesquisa. No entanto, em pleno ano eleitoral, a última coisa da qual os candidatos a governo do Estado falam é sobre a crise das universidades paulistas.

A USP passa por uma situação bastante conhecida de todo brasileiro: uma instituição administrada de forma opaca que, no momento de modernizar-se, luta com todas suas forças para preservar seus arcaísmos. Agora, há um embate a respeito da natureza deste arcaísmo. Nosso reitor tem usado seu tempo para ir a imprensa e falar de regimes de trabalho arcaicos, profissionais acomodados, máquinas administrativas inchadas, entre outros. Para o cidadão, fica a parecer que a universidade tem atualmente um deficit de R$ 1 bilhão porque ela sustenta uma classe de funcionários semi-ociosa e atrasada.

No entanto, talvez seja mais correto afirmar que estamos em franco declínio porque somos administrados por pessoas que não se responsabilizam pelos seus próprios fracassos. Nossa atual reitoria fez parte da antiga reitoria, a mesma que deixou como legado a conhecida catástrofe orçamentária. Mas, em meio a um processo de construções de prédios sem recursos, abertura de escritórios de representação em Cingapura, Boston, Londres e gasto irresponsável do dinheiro público com projetos agora abandonados, tudo o que nossa burocracia universitária responde atualmente é: “Eu não sabia”. Ou seja, ninguém sabia, ninguém viu. Pobre dinheiro público, administrado de tal forma.

Em qualquer lugar do mundo, isso levaria a sociedade a se perguntar sobre se nossa administração universitária é, de fato, adequada para os desafios que o Brasil se deu, se não seria o caso de repensar radicalmente a maneira com que nossas universidades são administradas, modernizá-las ouvindo sua comunidade e reformar nossas instituições. Ou seja, a sociedade poderia conhecer os modelos de administração universitária em outras partes do mundo e se perguntar porque o nosso não é adotado por praticamente ninguém. Mas aqui, por enquanto, só temos silêncio, cortes de pontos de funcionários e um governo do Estado que produziu a crise (pois impôs o reitor responsável por ela) e se finge de morto.

Vladimir Safatle é professor livre-docente do Departamento de filosofia da USP (Universidade de São Paulo). Escreve às terças.

Publicação Folha de S. Paulo

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