Dilma defende na UFPE “nenhum direito a menos” para novo sistema político brasileiro

Atendendo a convite do Coletivo pela Democracia, formado por docentes, técnicos e estudantes de universidades e instituições de pesquisa de Pernambuco, a presidenta afastada Dilma Rousseff esteve na tarde desta sexta-feira (17) na UFPE, quando defendeu a necessidade de se construir um novo sistema político brasileiro, com a condição de não se reduzir as conquistas sociais.

Com o mote de “nenhum direito a menos”, a presidenta discorreu, para uma plateia de cerca de 250 pessoas, sobre os riscos que os avanços na área de Educação podem correr a partir da tese, hoje difundida pelo governo interino, de corrigir os investimentos no setor apenas com base nos índices de inflação. “Ao longo do tempo, aumenta o número de pessoas que demandam por educação; se atrelar o investimento à inflação haverá corte”, explicou.

Como membro da mesa que recepcionou a presidenta, o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, destacou a afinidade do projeto de país soberano, inclusivo e que cultiva a solidariedade entre os povos, defendido por Dilma, e a proposta das universidades públicas brasileiras, que passaram por uma transformação desde 2002, com a ampliação de vagas, melhora de infraestrutura, implantação do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), a lei das cotas, entre outras conquistas.

“Estamos prontos para o novo ciclo de desenvolvimento das universidades públicas”, afirmou Anísio, que dividiu a mesa de recepção a Dilma Rousseff com os professores Sergio Rezende e Fátima Cruz (Coletivo pela Democracia), os senadores Armando Monteiro Neto e Humberto Costa, os deputados federais Silvio Costa e Luciana Santos e a presidente da UNE, Karine Vitral.