Dores do crescimento

Há sinais de turbulência nas universidades federais. Greves de servidores, movimentos reivindicatórios estudantis, ocupações, demandas e protestos de todos os tipos têm mobilizado diferentes segmentos da comunidade.

Constituídas como instituições plurais e democráticas, as universidades ecoam os movimentos de insatisfação que retumbam na sociedade brasileira.Se o momento atual for lido como crítico, melhor será entendê-lo como crise, ou surto, de crescimento; e crescer pode doer.

Vivemos as dores do crescimento de instituições ainda recentes (as universidades no Brasil não completaram um século, frente às muitas instituições europeias com mais de 500 anos de existência) num país de democracia jovem.

Vencida a crise econômica da dívida externa ao final do século passado, que trouxe estagnação a várias instâncias públicas e desregulação do ensino superior, a educação passou a ser valorizada e assumiu a liderança na pauta de prioridades do país. A política de expansão das Instituições Federais de Ensino Superior, iniciada há dez anos, produziu um aumento de 120% no número de matrículas. Hoje, há mais de um milhão de estudantes de graduação e de pós-graduação na rede federal, e a interiorização do sistema já atende a mais de 160 municípios em todas as macrorregiões do Brasil.

Esse grande esforço exigiu recursos orçamentários de R$ 26 bilhões e gerou a contratação de mais de 40 mil novos professores e técnicos administrativos. A ampliação de matrículas abrange todos os cursos, em especial as Engenharias, a Medicina e as Licenciaturas, e foi acompanhada pela exitosa política de reserva de vagas – as cotas para egressos de escolas públicas, em especial afrodescendentes e indígenas.

As universidades estão maiores e seu ambiente é de diversidade étnica e cultural, assim como a própria sociedade brasileira. Novas ações de assistência estudantil foram implementadas para que os estudantes incluídos tenham condições de permanecer e de conquistar o sucesso acadêmico. Indicadores nacionais e internacionais demonstram que as nossas instituições de ensino superior também cresceram em qualidade, mas é certo que há ainda muito a avançar em todas as áreas.

Apesar de todo esse crescimento, ainda temos pouco mais de 17% dos jovens entre 18 e 24 anos cursando uma faculdade.  Assim, é imprescindível definir uma nova agenda de expansão e qualificação. A conquista dos royalties do pré-sal para as áreas da educação e da saúde, somada à meta de investimento de 10% do PIB pelo Plano Nacional de Educação, garantem os necessários recursos financeiros.

Novo crescimento, novas dores e novos cenários. Assim se cria um país mais inclusivo, forjado num dos mais eficientes setores públicos. Assim é a realidade da instituição que mais transforma as pessoas, que gera conhecimento, inovação e desenvolvimento, e que escreve o futuro.

Carlos Alexandre Netto – Reitor e vice-presidente da (Andifes)

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