Editora UFMG lança oito títulos na Bienal do Livro

Instalada no estande Q-22 do Expominas, a Editora UFMG vai presentear o público com novos títulos, todos lançados durante a Bienal do Livro, aberta na sexta-feira, dia 14, em Belo Horizonte. Seis das obras são inéditas, como O míope no Zoo e contos inéditos, coletânea de textos do escritor mineiro Ildeu Brandão organizada por Jaime Prado Gouvêa. As histórias versam sobre acontecimentos do cotidiano, tratados no tom corriqueiro que caracteriza o autor.

Outro destaque será o relançamento de duas obras clássicas do professor e historiador de literatura francesa Antoine Compagnon: Os cinco paradoxos da humanidade e O demônio da teoria – literatura e senso comum.

O evento prossegue até 23 de maio na avenida Amazonas, 6.030, bairro Gameleira. O ingresso custa R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia) de segunda a sexta-feira. Nos finais de semana, a entrada inteira sai por R$ 10 e a meia-entrada por R$ 5. A programação completa pode ser encontrada no site http://www.bienaldolivrominas.com.br. Mais informações pelos telefones (31) 3223-4500 e 3223-2634.

Conheça o conjunto dos títulos da Editora UFMG que será lançado:

LANÇAMENTOS

As ironias da ordem

Coleções, inventários e enciclopédias ficcionais

Maria Esther Maciel

Apoio: Faculdade de Letras/UFMG e IEAT/UFMG

Área: Letras

Coleção: Invenção

2010. 160 p. ISBN: 978-85-7041-798-5

Escrever é uma forma de colecionar. De inserir a palavra num espaço sempre outro, que potencializa seus significados por analogia ou contraste com a escrita do mundo. De Dante a Borges, de Joyce a Greenaway, de Drummond a Haroldo de Campos e a um extenso grupo de criadores de épocas diversas, a linguagem se revela enciclopédica – um fio estendido até o limite do balbucio ou do excesso de sentido. Este livro mimetiza seu objeto para melhor expressar a radical deque constitui o saber contemporâneo. (Wander Melo Miranda)

Linguística, tradução, discurso

Maria Antonieta Cohen; Glaucia Muniz Proença Lara (Org.)

Área: Linguística

Coleção: Invenção

Apoio: Faculdade de Letras/UFMG

2010. 362 p. ISBN: 978-85-7041-720-6

O atual estágio de desenvolvimento dos estudos linguísticos no Brasil caracteriza-se pela diversidade de abordagens e dificilmente pode-se eleger como objeto de estudo um único e incontroverso aspecto desse fenômeno tão complexo que é a linguagem. Linguística, tradução, discursoao leitor um amplo painel de possibilidades teóricas e aplicadas dos estudos linguísticos, o que mostra, em última análise, o fazer científico não como o lugar dos dogmas, das verdades inquestionáveis, mas como o espaço do debate e da troca de ideias.

Para fazer música – V.2

Cecília Cavalieri França

Apoio: Escola de Música da UFMG

Área: Música – Educação

Coleção: Música Editada Especial

2010. ISBN: 978-85-7041-812-8

Neste volume, Cecília Cavalieri França dá continuidade ao ensino da música para crianças do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental. Como no trabalho iniciado em Para fazer música,textos e ilustrações estimulantes dialogam com a criança e incentivam o seu desenvolvimento socioemocional. Além disso, Para fazer música V.2aborda a cultura musical de maneira mais abrangente. O livro tem um capítulo inteiro dedicado à Estrada Real e outro sobre gêneros musicais brasileiros, como bossa nova e samba. Outro mérito deste volume é que ele avança mais em direção à escrita musical convencional. Acompanha CD com 36 faixas de estilos variados e jogos musicais.

Pode o subalterno falar?

Gayatri Chakravorty Spivak

Sandra Regina Goulart Almeida; Marcos Pereira Feitosa; André Pereira (Tradução)

Área: Política e Cultura

Coleção: Babel

2010. 133 p. ISBN: 978-85-7041-816-6

Publicado primeiramente em 1985, no periódico Wedge, com o subtítulo “Especulações sobre o sacrifício das viúvas”, este artigo recebeu notória repercussão internacional. Ao refletir sobre a história das mulheres indianas e da imolação das viúvas, Spivak aborda o lugar ocupado pelas mulheres no contexto pós-colonial. A autora usa a história de uma jovem indiana como exemplo para argumentar que o subalterno, neste caso a mulher, não pode falar, e quando tenta fazê-lo não encontra meios para se fazer ouvir.

Temas atuais em didática

Adla Betsaida Martins Teixeira (Org.)

Área: Educação

Coleção: Origem

2010. 217 p. ISBN: 978-85-7041-836-4

Reúne reflexões sobre o papel da Didática na formação do professor. O tema foi desenvolvido pelo grupo de professores da Faculdade de Educação da UFMG. Trata-se de uma sequência de textos diferentes que se completam e se interligam para compreensão do processo pedagógico. Questões de gênero, raça, juventude, educação de jovens e adultos, bem como a qualidade do ensino de Didática, são contemplados pelo livro. Constitui fonte indispensável de consulta para o futuro docente e também para professores já em exercício da profissão.

Um míope no Zoo e contos inéditos

Ildeu Brandão

Jaime Prado Gouvêa (Org.)

Área: Contos Brasileiros

Coleção: Inéditos e esparsos

2010. 191 p. ISBN: 978-85-7041-827-2

Reúne contos publicados em 1968 e outros textos inéditos deixados pelo escritor mineiro Ildeu Brandão. Considerado um perfeccionista, Ildeu publicou suas histórias em suplementos literários e antologias, mas sempre com parcimônia. Os contos falam sobre acontecimentos do cotidiano e são carregados de sentimento. A atmosfera criada por Ildeu é repleta de sutilezas, e as histórias são apresentadas, segundo o escritor Rui Mourão, em tom simples, leve, corriqueiro e bem acabado.

REIMPRESSÕES

Os cinco paradoxos da modernidade

Antoine Compagnon

Cleonice P. B. Mourão; Consuelo F. Santiago; Eunice Galéry (Tradução)

Área: Teoria da Literatura

Coleção: Humanitas

1996. 139 p. ISBN: 85-85266-03-01

1999, 2003. Reimpressões

2010, 2ª. edição

Para Compagnon, a história da arte moderna começa com os românticos e termina com o movimento pós-modernista. Segundo ele, é impossível ser pós-modernista, porque o moderno é o recente, o atual, o agora. A modernidade é um projeto burguês, para todos os efeitos, e a pós-modernidade é a decadência desse projeto. O pós-moderno é a cura da superstição do novo, um movimento antimoderno, pré-moderno ou ultramoderno? Os cinco paradoxos da modernidadeoferece ao público brasileiro um pouco do pensamento de Antoine Compagnon.

O demônio da teoria

Literatura e senso comum

Antoine Compagnon

Cleonice P. B. Mourão; Consuelo F. Santiago (Tradução)

Área: Teoria da Literatura

Coleção: Humanitas

1999. 312 p. ISBN: 85-7041-184-7

2001, 2003, 2006. Reimpressões

2010. 292 p. ISBN: 978-85-7041-831-9

Mostra que a história dos historiadores não é mais uma, tampouco é única, mas se compõe de uma multiplicidade de histórias parciais, de cronologias heterogêneas e de relatos contraditórios. Ela não tem mais esse sentido único que as filosofias totalizantes da história lhe atribuíam desde Hegel. A história é uma construção, um relato que, como tal, põe em cena tanto o presente como o passado; seu texto faz parte da literatura. A objetividade ou a transcendência da história é uma miragem, pois o historiador está engajado nos discursos através dos quais ele constrói o objeto histórico. Sem consciência desse engajamento, a história é somente uma projeção ideológica.