Educação a distância cresce, mas enfrenta resistência

Pesquisa do Instituto Data Popular ponta que 93% dos jovens com menos de 24 anos e 79% dos que têm mais de 24 anos não desejam fazer cursos a distância, nem semipresenciais, por desconfiarem da qualidade da formação e terem medo de o curso não ser valorizado pelo mercado de trabalho.

“É preciso mudar a oferta de EaD [educação a distância] e é necessária uma mudança de imagem”, disse o diretor executivo do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), Rodrigo Capelato, à Agência Brasil. Encomendado pelo Semesp, o estudo teve como foco integrantes de famílias com renda média de R$ 1.806,57 e R$ 3.463,03, ou seja, a chamada nova classe média.

O MEC homologou uma nova resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) com diretrizes e normas para a educação superior a distância. Em até quatro meses, a modalidade deverá ter uma nova avaliação e novos parâmetros de qualidade.

O último Censo da Educação Superior, de 2014, mostra que 1,2 milhão de matrículas na modalidade à distância, o equivalente a 90% dos cursos de EaD, são em instituições privadas.

O Semesp representa 383 mantenedoras e 538 instituições de ensino em mais de 140 cidades do estado de São Paulo. O objetivo do estudo é conhecer os potenciais estudantes e melhorar a oferta de cursos.