Em sete federais, Enem será classificatório para segunda fase

Em outras cinco universidades, exame não é eliminatório, mas conta pontos

Em 7 das 12 universidades federais que terão segunda fase própria, ir mal no novo Enem pode fazer o estudante ser eliminado do vestibular. Isso ocorrerá em quatro federais de Minas Gerais (UFU, Unifei, Ufop e UFJF), duas do Rio (UFRJ e UFF) e uma do Espírito Santo (Ufes). Nessas instituições, o desempenho no Enem será classificatório; em outras cinco federais que unirão o Enem à segunda fase, o exame não eliminará ninguém.

Nas sete universidades em que o Enem é decisivo, uma situação inusitada pode ocorrer: o candidato terá de se inscrever na segunda fase, geralmente a partir de agosto, sem saber se tem nota suficiente para ir à próxima etapa. Os resultados do Enem saem apenas em dezembro (para as universidades) e janeiro (para os alunos).

Na UFRJ, por exemplo, essa definição depende da publicação do edital, em 1º de setembro. Até lá, estuda-se a possibilidade de serem convocados para a segunda fase um número de candidatos equivalente a quatro vezes o total de vagas.

Assim, se um instituto oferece 50 vagas, serão chamados para a etapa final os 200 candidatos mais bem colocados no Enem. A comissão que define o edital, diz a instituição, está atenta à data de divulgação do resultado do Enem.

Os estudantes podem se inscrever nessas sete federais a partir de setembro – as exceções são a UFMG e a UFF, que abrem inscrição em agosto.

Em duas das sete universidades (Ufop e UFMG), a data do vestibular está definida. As demais estão em fase final de discussão e devem publicar em breve os editais.

Unifesp

As cinco federais com segunda fase em que o Enem não será eliminatório são: UFMS (MS), Unifesp e UFSCar (SP), UFSJ (MG) e UFPE (PE).

A Unifesp definiu que o Enem valerá um terço do vestibular para sete cursos – que estão entre os mais concorridos da instituição, como medicina e enfermagem. A universidade também usa o Enem de outro modo: para 19 cursos, o exame servirá como seleção única.

Na UFSJ, se o aluno quiser, a nota no exame pode substituir a prova de conhecimentos gerais, que vale 25% do vestibular. A universidade terá segunda fase para 90% das vagas – nas restantes, o Enem será a única forma de seleção.

Na UFPE, a prova objetiva do Enem valerá 45% da nota final. Já na UFMS, o exame substituirá a primeira fase, mas todos os candidatos serão convocados para a segunda etapa.

Na UFSCar, por sua vez, a nota final será composta 50% pelo Enem e 50% pelas provas próprias. As inscrições para a segunda etapa ocorrem em setembro, antes do Enem – em outubro. Todos os candidatos inscritos no Enem e na segunda etapa farão as duas provas.

Enem será décima nota na UFRGS

A UFGRS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) vai usar o Enem para compor a nota do aluno no próximo vestibular. A decisão foi tomada pela Cepe (Comissão de Ensino Pesquisa e Extensão) na última quarta-feira.

Pela regra estabelecida pela universidade, o exame servirá como uma décima prova – o vestibular da UFRGS é composto por nove provas. O uso do Enem é opcional: o aluno terá de indicar no ato da inscrição – que ainda não tem data definida – se quer usar a nota.

Folha de SP, 28/7