Engenheiros serão mapeados

Que faltam engenheiros no Brasil, todo mundo sabe. Mas, em que setores da engenharia a escassez é maior e quais regiões do país concentram o maior número de profissionais? Para responder a essas e outras perguntas, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) – em parceria com o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), conselhos regionais, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – prepara um levantamento para mapear em detalhes a oferta de especialistas em todo o Brasil.

A metodologia que será utilizada ainda não foi definida, mas a pesquisa terá início até junho. Os conselhos vão convocar os profissionais para responder o questionário, que alimentará um banco de dados voltado a empresas e sociedade em geral. Com as informações disponíveis ficará mais simples encontrar mão de obra para atuação em grandes projetos de infraestrutura e do pré-sal nos próximos anos. “Com as catástrofes (enchentes) que ocorreram no último mês, foi possível verificar que as prefeituras têm um desfalque muito grande para atender a demanda dos cidadãos. Elas precisam de profissionais capacitados para reconstruir as cidades com qualidade, adaptando-as às condições ecológicas locais”, disse Kleber Santos, engenheiro agrônomo e conselheiro do Confea.

Recém-formada pela Universidade de Brasília (UNB), a engenheira civil Polyanna Rodrigues, 24 anos, comemorou a iniciativa. Segundo ela, os jovens talentos têm muito a ganhar. “O mapeamento servirá como indicativo para que os profissionais que estão começando e conhecendo novas áreas saibam onde podem investir”, justificou. Assim como a maioria dos colegas de curso, Polyanna está empregada. O diretor da Faculdade de Tecnologia da UNB, Antônio Brasil Júnior, reforçou que o estudo permitirá às universidades direcionar melhor os cursos de engenharia. “As instituições poderão responder rapidamente à necessidade do mercado, com eventual abertura de novas vagas e aumento da efetividade de formação”, resumiu. Correio Braziliense